Afastamento de Deltan facilita absolvição em conselho do MP

O afastamento de Deltan Dallagnol da Força-Tarefa da Lava Jato deverá impactar diretamente os processos que tramitam contra ele no Conselho Nacional do Ministério Público.

A principal representação afetada é a da senadora Kátia Abreu, que pedia justamente o afastamento de Deltan do comando da operação. Com o afastamento, ela perde o objeto. O relator, Luiz Fernando Bandeira de Mello, pretende levar o caso para o plenário referendar essa avaliação. 

O outro que deverá ser impactado é o promovido pelo senador Renan Calheiros em razão de críticas de Deltan a ele antes da eleição para a presidência do Senado.

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Essa ação não tem relação direta com a coordenação da Lava Jato, mas a avaliação no colegiado e dentre aliados de Deltan é que o gesto de afastamento causa um distensionamento no ambiente político. Os motivos do afastamento também: uma doença rara da filha do procurador.

As duas ações foram suspensas após decisão liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello, mas o afastamento será comunicado ao conselho pela defesa de Deltan se não houver manifestação formal da Procuradoria-Geral da República ou mesmo algum ato espontâneo dos próprios relatores do caso, por se tratar de um fato de conhecimento público.

A expectativa também é a de que episódio o favoreça politicamente no restante dos procedimentos que tramitam contra ele no colegiado: são 20, sendo 12 reclamações disciplinares, três pedidos de providências, dois recursos em reclamação disciplinar, uma sindicância, um processo administrativo disciplinar e um recurso de decisão do colegiado.