Advogados traçam estratégia para evitar ida de Karina Kufa à CPI
Mandado de segurança ou habeas corpus são as alternativas para impedir que a advogada do presidente Jair Bolsonaro seja levada à Comissão
Os advogados de Karina Kufa estão estudando as medidas possíveis para evitar que ela seja levada à CPI da Pandemia caso a convocação aprovada pelos senadores seja oficializada. Embora ainda não haja data e nem notificação oficial a Kufa, o requerimento para que ela seja ouvida foi aprovado nessa semana.
Para os advogados, a intimação por ter recebido uma pessoa para jantar na casa dela caracterizaria constrangimento ilegal. Se ela se tornar investigada por isso, a medida mais provável é um Habeas Corpus ao Supremo Tribunal Federal. A CNN apurou que a defesa de Kufa deve afirmar que no jantar não foi tratado nada sobre vacinas e que receber alguém para jantar em sua casa não é crime, sendo que Kufa não poderia se responsabilizar pelo que aconteceu depois do encontro entre os participantes do churrasco.
No entanto, se ela for convocada na qualidade de testemunha, a tendência é que eles entrem com um mandado de segurança. Tudo vai depender do teor da intimação da convocação. Isso porque várias pessoas que tiveram a convocação aprovada pelos senadores não foram oficialmente chamadas para depor.
O tema está em debate na Comissão de Prerrogativas da OAB. A tendência é que a Ordem dos Advogados do Brasil entre com um Habeas Corpus pra impedir a ida de Kufa à CPI ou até seja subsidiária em uma ação movida pelos advogados dela, endossando a reclamação ao Supremo A leitura interna na OAB é que o que os senadores têm para justificar a convocação de uma advogada é muito frágil e submetê-la à CPI poderia ser abusivo.
A intenção de levar Karina Kufa à CPI é fazer com que ela explique um churrasco promovido na casa dela onde Marconny Faria, suposto lobista da Precisa Medicamentos, teria se encontrado com o ex-secretário da Anvisa, José Ricardo Santana.
