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    Adversário político de filhos de Bolsonaro relatará PL das fake news no Senado

    O senador Ângelo Coronel (PSD-BA), presidente da CPMI que investiga a disseminação de notícias falsas, deu entrevista à CNN nesta sexta-feira (29)

    André Spigariol e Noeli Menezes , da CNN, em Brasília

    O senador Ângelo Coronel (PSD-BA), presidente da CPMI que investiga a disseminação de notícias falsas, afirmou à CNN nesta sexta-feira (29) que será o relator do Projeto de Lei que institui a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, também conhecido como PL das Fake News. A informação foi confirmada pela CNN com interlocutores do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que ainda não fez a escolha oficial da relatoria da proposta.

    Na comissão, Coronel tem confrontado os filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), aprovando requerimentos de convocação do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e de pessoas ligadas ele. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para frear as investigações da CPMI, mas não conseguiu.

    Segundo o senador, o que mais incomoda o “clã bolsonarista é a questão das eleições de 2018”. Empresas de disparo de mensagens em massa contratadas por políticos governistas e de oposição são alvo da CPMI, cujos trabalhos estão suspensos por causa da pandemia de Covid-19.

    A votação do PL está prevista para 2 de junho. A proposta, que é do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e foi escrita em conjunto com os deputados federais Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-SP), contém uma série de normas e mecanismos de transparência para redes sociais e serviços de mensagens da internet para combater abusos, manipulações, perfis falsos e a disseminação de fake news.

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    Nas redes sociais, já existe uma intensa campanha de bolsonaristas contra o projeto. Mensagens enviadas em grupos de aplicativos de mensagem também pedem para apoiadores participarem da consulta pública realizada no site do Senado. “Lei da Censura! Vote não! Depois não adianta chorar e subir hashtag. Se vencermos a consulta pública com votos, podemos usá-la para judicializar a questão frente ao MP [Ministério Público], caso deem andamento”, diz um dos textos compartilhados.

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