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    “Absolutamente incompatível”, diz subprocurador-geral sobre conduta de direção-geral da PRF

    MPF pediu abertura de inquérito contra o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques

    Carolina CerqueiraGabriel Fernedada CNN

    O subprocurador-geral da República, José Adonis, classificou a conduta da direção-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o dia da eleição do segundo turno e durante os protestos que bloqueiam rodovias pelo país como “absolutamente incompatível”.

    O Ministério Público Federal (MPF) do Distrito Federal pediu nesta quarta-feira (2) que seja instaurado um inquérito policial para investigar as ações do diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques.

    “Consideramos que essa postagem pedindo votos para candidatos é absolutamente incompatível com a direção-geral de uma instituição de estado como a PRF, que realizaria um trabalho importante como órgão de segurança no dia das eleições”, disse Adonis à CNN.

    Na véspera do segundo turno, dia 29 de outubro, Silvinei Vasques, publicou uma mensagem no Instagram com pedido de voto ao presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

    No dia da votação, 30 de outubro, a PRF realizou operações policiais relacionadas ao transporte público de eleitores, contrariando a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que proibia as operações.

    “Uma conduta de pedir votos e fazer bloqueios em desobediência à ordem judicial não é uma medida adequada, não é uma medida que se esperava de uma instituição de segurança pública”, disse José Adonis.

    O subprocurador-geral também citou a conduta da PRF em relação aos protestos que bloqueiam rodovias pelo país. Segundo ele, o MPF identificou apoio ao movimento prestado por agentes.

    “Na segunda-feira, constatamos procedimento inadequado de agentes da PRF, que no início chegaram a prestar declarações em apoio àquele movimento, que impedia o fluxo natural nas rodovias. Também essa conduta nós consideramos inadequada”, acrescentou.

    Para Adonis, as manifestações ferem o Estado de Direito.

    “Não é possível que as manifestações apresentem uma finalidade incompatível com o Estado de Direito, finalidade de não aceitar o resultado da eleição ou fazer propostas de intervenções militares. As pessoas precisam saber que a eleição se exauriu e precisam respeitar o seu resultado”, completou.