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    Abin vai apurar se equipamento apreendido pela PF pertence à agência de inteligência

    Em nova fase da operação, PF tenta identificar principais destinatários e beneficiários de informações produzidas ilegalmente pela Abin através de ações clandestinas

    Jussara SoaresElijonas Maiada CNN , Brasília

    A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) já abriu um procedimento para verificar se parte dos equipamentos apreendidos nesta segunda-feira (29) na Operação Vigilância Aproximada da Polícia Federal pertencem à corporação.

    Nesta nova fase, a PF busca identificar os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente pela Abin por meio de ações clandestinas. Ao todo foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Angra dos Reis (1), Rio de Janeiro (5), Brasília (1), Formosa (1) e Salvador (1).

    Na última sexta (26), a Abin já havia aberto um procedimento para apurar por que equipamentos do órgão ainda estariam em posse do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). Chefe da Abin entre de julho de 2019 a março de 2022, Ramagem é alvo de investigação da Polícia Federal por suposto monitoramento ilegal durante o governo de Jair Bolsonaro (PL)

    Durante busca e apreensão nos endereços ligados ao parlamentar na quinta-feira (25), a PF apreendeu um celular e um notebook pertencentes à Abin. Também foram encontrados diversos pendrives físicos, cuja investigação apura se também pertence à agência de inteligência.

    Segundo a Abin, Ramagem participou de processo de devolução de carga patrimonial e devolveu celulares e notebook. Porém, agora a Abin apura que equipamentos seriam esses que ainda estariam com o parlamentar quase dois anos deixar o comando da agência.

    Ainda de acordo com o órgão, todo o acesso de Ramagem foi cortado em março de 2022, quando ele deixou o cargo. E mesmo que tenha mantido os equipamentos em sua posse não tem acesso aos sistemas.

    Em entrevista à CNN, Ramagem disse que entregou os equipamentos atuais e afirmou que uma análise simples pode comprovar que não havia nenhum acesso ao sistema da Abin.

    “Eu entreguei os que eu tinha atual, e alguns da Abin estavam no canto eles não estão sendo utilizados. A perícia vai poder dizer que claramente eu não utilizo há uns três anos ou mais. Eu nem sabia que eles eram da Abin. São cautelas minhas, não têm acesso a sistema algum, conexão alguma com a Agência Brasileira de Inteligência”, disse Ramagem.

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