Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Eleições 2022

    A empresários, Bolsonaro repete declarações de entrevista e ignora ação da PF

    Durante almoço, presidente não fez comentários sobre as buscas em endereços ligados a oito bolsonaristas

    Iuri PittaThais ArbexGustavo Uribeda CNN

    O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou nesta terça-feira (23) de um almoço com 40 empresários do Grupo Esfera, no qual reiterou declarações dadas na véspera, em entrevista ao Jornal Nacional.

    O candidato à reeleição não fez comentários sobre a operação da Polícia Federal contra oito empresários que participam de um grupo de WhatsApp no qual circularam mensagens em apoio a um suposto golpe de estado, em caso de vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro.

    A operação da PF foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

    De acordo com participantes do almoço, o único momento em que os mandados de busca e apreensão e quebras de sigilo cumpridos hoje foram citados foi em um voto de louvor a um dos alvos da operação, o fundador da administradora de shoppings Multiplan, José Isaac Peres, que faz parte do Esfera.

    A comitiva presidencial contava com 25 integrantes, incluindo o presidente, ministros como Paulo Guedes (Economia), Fábio Faria (Comunicações) e Ciro Nogueira (Casa Civil), além dos três filhos mais velhos de Bolsonaro – o senador Flávio (PL-RJ), o vereador Carlos (Republicanos-RJ) e o deputado Eduardo (PL-SP) – e do ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas, candidato do Republicanos ao governo de São Paulo. O grupo chegou por volta das 11h15 e deixou o local do almoço, na capital paulista, às 13h40.

    Entre os empresários participantes do evento, a avaliação é de que a operação da PF contra Peres e outros empresários citados em reportagens do site Metrópoles seria um “excesso”, em especial pelos pedidos de bloqueio de contas em redes sociais e quebras de sigilo bancário.

    Liberdade de pensamento

    De acordo com relatos de participantes à CNN, a decisão do ministro Alexandre de Moraes foi classificada como uma punição à liberdade de pensamento. Parte dos empresários chegou a falar, mais uma vez, em ditadura da toga.

    Segundo relatos feitos à CNN por três presentes no encontro, o presidente evitou tratar o tema e não criticou a decisão do ministro do Supremo.

    No encontro, ainda de acordo com presentes, houve uma avaliação de que, antes da deflagração da operação de busca e apreensão, teria sido mais cauteloso ouvir os oitos empresários bolsonaristas.

    O diagnóstico de integrantes do grupo empresarial é de que a apreensão, por exemplo, dos telefones celulares foi uma medida exagerada e que poderia ser feita apenas após oitivas com os envolvidos.

    Convidados do almoço disseram à CNN que se formou um clima de extrema solidariedade aos empresários que foram alvos da operação.

    Debate

    As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.

    O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.

    Tópicos