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    À CPI, Dias vai dizer que compra de vacinas era centralizada em Élcio Franco

    Segundo relatos feitos à CNN, Dias apresentará aos senadores um ofício baixado em 29 de janeiro, em que Franco determinava a concentração das negociações

    Roberto Dias, diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde
    Roberto Dias, diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

    Thais Arbexda CNN

    Ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias dirá à CPI da Pandemia, nesta quarta-feira (7), que as compras de vacinas contra a Covid-19 foram centralizadas no então secretário-executivo da pasta Elcio Franco e que, a partir de uma determinação interna, ninguém, a não ser o número dois, tinha autonomia para negociar a aquisição de imunizantes contra a Covid-19. Segundo relatos feitos à CNN, Dias apresentará aos senadores um ofício baixado em 29 de janeiro, em que Franco determinava a concentração das negociações. O documento foi revelado pelo jornal “O Estado de S.Paulo” em meados de junho.

    “A condução dessas reuniões e as tratativas decorrentes estão ocorrendo exclusivamente no âmbito desta Secretaria Executiva em coordenação com o gabinete do ministro”, dizia o ofício. “Todas as solicitações de reuniões recebidas nas áreas técnicas referentes a ofertas, propostas e/ou qualquer  tratativas alusivas a vacinas contra a covid-19 deverão ser direcionadas ao gabinete desta Secretaria Executiva.”

     

    Dias foi exonerado em 29 de junho, depois de vir à tona supostas irregularidades em negociações de vacinas. Luiz Paulo Dominguetti Pereira, policial militar de Minas Gerais diz ter recebido do ex-diretor pedido de propina de US$ 1 por dose para concretizar a venda de um lote da Astrazeneca.

    A CNN apurou que Dias, além de negar a conversa sobre a venda de vacinas e a cobrança de propina, também dirá aos senadores que desconfia ter sido vítima de uma armação.

    O ex-servidor pretende também narrar detalhes do encontro com Dominguetti em um restaurante de Brasília. Ele dirá que o policial militar foi levado ao restaurante pelo coronel da reserva do Exército Marcelo Blanco, que havia trabalhado no Ministério da Saúde até 19 de janeiro, e que, além do próprio coronel, há uma outra testemunha.