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    À CNN, Soraya defende simplificação tributária e se diz “liberal customizada à la brasileira”

    Segundo a candidata à Presidência, o Brasil precisa de reformas estruturantes para reaquecer a Economia

    Da CNN

    A candidata do União Brasil à Presidência, Soraya Thronicke, afirmou que o Brasil precisa passar por uma simplificação tributária, a partir da redução de impostos. Em entrevista ao “WW Especial: Presidenciáveis”, a senadora se definiu como uma “liberal customizada à la brasileira”.

    “[É preciso] trabalhar em dois pontos: primeiro na mãe das reformas, que é a reforma tributária, e a administrativa também. Nós temos que apertar os cintos de uma vez por todas, e os cintos não foram apertados. […] E teremos que dar um jeito e fazer uma reforma tributária simples e rápida, para conseguir, o mais breve possível, reaquecer a economia”, disse a candidata, que defendeu a criação de um imposto único.

    Soraya afirmou que sua inspiração política é a ex-primeira-ministra do Reino Unido, Margaret Thatcher, símbolo do liberalismo econômico. Ao ser questionada sobre como se define ideologicamente, a senadora afirmou:

    “Sou uma liberal customizada à la brasileira. […] Uma liberal que votou pelo Auxílio Brasil e emergencial, porque muitos liberais são contra essas questões sociais. Eu entendo que neste momento há pessoas no Brasil passando fome, revirando lixo para ter o que comer.”

    A candidata, que foi eleita em 2018 como uma defensora da Lava Jato, ainda afirmou que a operação “pode ter errado” durante o curso das investigações. Soraya afirmou que, ainda assim, Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado em segunda e terceira instância.

    Segundo a candidata, a anulação da condenação do petista se deu por conta de um problema processual e a Lava Jato fez “mais bem do que qualquer mal”.

    “A Lava Jato acertou muito. Não é que a lava jato errou… […] Eu entendo que o judiciário pode ter errado em algum momento. Mas só chegou ao STF posteriormente. Mas a condenação de Lula foi confirmada em segunda e terceira instância. E, no STF, foi determinado que tinha um problema processual. Mas, no mérito, sim, ele foi condenado. Então esses problemas processuais não são apenas atinentes ao ministro Sérgio Moro e à lava jato. Então dizer: ‘A lava jato errou, sim ou não’… Não é assim que eu vejo.”

    Para Soaraya, os problemas processuais foram “periféricos”. “O principal foi feito”.

    Soraya também fez comentários sobre a relação entre o Judiciário e a política. Segundo ela, muitas vezes, o Judiciário é obrigado a agir por causa da inoperância do Legislativo e do Judiciário.

    “Na nossa ausência, o Judiciário acaba legislando por meio de súmulas. É inadmissível tantas súmulas. Aí, eles acabam criando regras que nós não criamos. Nós temos que criar essas regras, porque o que vale é a legislação.”

    Apesar disso, a candidata afirmou que há casos de membros do Judiciário que excedem os limites de suas funções. Ela citou o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news. A investigação foi aberta de ofício pelo então presidente da Corte, Dias Toffoli.

    “Quando a gente entra na faculdade de direito, a gente aprende que aquele que investiga não é aquele que instrui o processo, que julga, aquela coisa toda. Infelizmente, é isso que está acontecendo. Por mais que eu entenda o mérito da questão, o poder executivo e muitas pessoas abusaram nos seus atos. Por isso que estamos vivendo uma crise institucional tremenda.”

    Segundo ela, “questões pessoais” foram trazidas para o processo.

    “O principal foi feito. Não [houve] exatamente ativismo, mas estão trazendo questões pessoais e agindo com a mão de juiz dentro de questões pessoais”.

    A candidata também defendeu que seja estabelecida a obrigatoriedade de ter pelo menos 30% de cadeiras para mulheres no Legislativo. Soraya afirma que a medida é um mecanismo para garantir o “equilíbrio”.

    “Eu não posso com isso olhar só para o meu umbigo e perder a sensibilidade de olhar aquelas pessoas que não conseguem atingir ou aquelas mulheres que estão sendo usadas em uma campanha, para cumprir a cota apenas. Por isso a minha briga para que tenhamos no mínimo 30% de garantia de cadeiras [para mulheres]. […] Sou feminina e sou pela paridade. Igualdade de verdade. E fiz questão de ter ao meu lado um homem como vice. Eu acho importante termos o equilíbrio. Nosso país está tão desequilibrado. Para querer a paridade eu não preciso desmerecer os homens.”

    Sobre a questão orçamentária, Soraya criticou o “mau uso” que deputados e senadores fazem das emendas parlamentares. Segundo a candidata do União Brasil, no entanto, “o problema não é o sistema, mas quem gere o sistema”.

    “Eu não vou ultrapassar qualquer limite do que já existe. Emendas individuais, de execução obrigatória são legais e sempre funcionaram. Emendas de bancada, emendas de relator, de comissão, tudo funcionou normalmente. Essas fatias do orçamento existem. O que aconteceu foi que as pessoas estão estão fazendo mau uso dela, e orçamento secreto pode ser de também de emendas individuais, de emendas de bancada, a forma da execução em conluio com membros do Executivo podem trazer esse tipo de problema, e trouxe. A questão é que o problema não é o sistema, é quem gere.”

    Debate

    As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.

    O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.

    Fotos – os candidatos à Presidência