À CNN, Doria diz que estuda uso da 3ª dose de vacina e reabertura econômica
Governador de São Paulo afirmou que o Comitê Científico do estado já avaliou o efeito da variante Delta e reconhece seu risco
Em entrevista à CNN nesta terça-feira (17), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que o estado avalia a possibilidade de aplicar a terceira dose da Coronavac por causa do avanço de variantes do novo coronavírus e que os riscos oferecidos pela variante Delta foram considerados na adoção das novas medidas de flexibilização do comércio paulista.
“A terceira dose está sendo avaliada, sim, e, se houver a necessidade, os programas de imunizações adotarão essa medida. Se necessário for, o governo de São Paulo vai providenciar mais vacinas da Coronavac”, disse o governador.
Em relação às novas medidas de flexibilização das restrições de funcionamento das atividades econômicas em São Paulo, Doria afirmou que o Comitê Científico do estado reconhece o risco da variante Delta, mas que a vacinação pode ajudar no combate à doença
Nesta terça-feira, o governo eliminou todas as restrições de horário e liberou atendimento presencial no comércio com capacidade de 100% de ocupação, mas mantendo as regras para máscaras, distanciamento e protocolos de higiene em vigor no estado.
A flexibilização acontece após o avanço da vacinação contra Covid-19 no estado e a queda no número de internações.
“Nós já avaliamos o efeito da variante Delta e reconhecemos seu risco. O Comitê Científico indica que a melhor forma de combater a variante é a vacinação, completar as duas doses com a vacina que estiver disponível. Quanto mais rápido vacinarmos, estaremos protegendo a população brasileira.”
O Brasil registra mais de 700 casos da variante Delta do novo coronavírus. A cepa mais contagiosa do vírus é identificada em 14 estados e no Distrito Federal.
Comitê Científico de SP
À CNN, o governador de São Paulo também comentou as mudanças na equipe científica que atuava nas decisões das estratégias contra a Covid-19 no estado.
Segundo ele, nesta quarta-feira (18) será oficializada a criação do Comitê Científico, que será composto por sete dos 21 membros que atuavam no Centro de Contingência formado no início da pandemia e agora deixará de existir.
“Não ha necessidade de mobilizar 20 pessoas para tomadas de decisões. Um grupo de sete, um terço desse número, é equivalente às necessidades atuais e isso significa respeito a ciência”, disse Doria à CNN.