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    À CNN, deputados debatem presença de militares na política

    Arlindo Chinaglia e General Peternelli também discutiram nomeação de membros das Forças Armadas para o Ministério da Defesa

    Jorge Fernando RodriguesVinícius TadeuRenata Souzada CNN , em São Paulo

    Os deputados federais Arlindo Chinaglia (PT) e General Peternelli (União Brasil) divergiram entre si nesta quarta-feira (19), em debate realizado pela CNN, sobre a nomeação de militares para o posto de ministro da Defesa.

    Na avaliação de Chinaglia, o ministério deve ser comandado por civis. Isso porque, segundo ele, “nós temos que garantir esse controle democrático sobre todos os poderes e, no caso das Forças Armadas, é o poder da força, é o poder das armas”.

    O petista justificou seu posicionamento afirmando ainda que é preciso “evitar a tutela militar sobre a sociedade”.

    Para Peternelli, por outro lado, é “muito válido” que militares sejam designados para chefiar a pasta. “O Ministério da Defesa tem que ter uma pessoa vocacionada e que conheça os temas que estão abordados”, afirmou.

    O general reiterou sua confiança nos militares, dizendo que os integrantes das Forças Armadas “são legalistas, que o tempo todo, em qualquer sistema, deu mais do que provas dos aspectos constitucionalistas, dos aspectos legais, e de cumprir cada um com a sua atribuição”.

    O debate sobre o tema tem crescido em razão de declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que, se eleito, nomeará um civil para o Ministério da Defesa — que é comandado por militares desde a gestão do general da reserva Joaquim Silva e Luna, no governo de Michel Temer (MDB).

    No governo de Jair Bolsonaro (PL), o ministério foi comandado pelos generais Fernando Azevedo e Silva, Walter Braga Netto (atual candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro) e, atualmente, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

    Sobre a presença de militares na política brasileira, o deputado General Peternelli afirmou que vê “com naturalidade”, uma vez que “a Constituição regula essa atividade. Sempre ocorreu participação”.

    “O Artigo 142, inclusive, prevê: se uma pessoa ficar mais de dois anos em uma função, ela automaticamente vai para a reserva”, acrescentou.

    Arlindo Chinaglia concordou que militares podem ingressar na carreira pública, ressaltando, no entanto, que “por ações ações e omissões de pessoas que compõem as Forças Armadas no governo, acaba resultando em uma perda de prestígio das Forças Armadas”.

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