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    À Câmara, Braga Netto nega que tenha enviado aviso a Lira com ameaça às eleições

    O ministro também afirmou que as Forças Armadas atuam apenas de acordo com a Constituição federal

    Sinara Peixoto, da CNN, em São Paulo

     

    Em audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (17), o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, negou que tenha enviado recado ao presidente da Casa, Arthur Lira, com ameaças às eleições.

    Questionado se usou um interlocutor para avisar a Lira de que as eleições de 2022 não seriam realizadas se Congresso não aprovasse a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, o general disse que não usa intermediários para falar com chefes dos Poderes.

    “Reitero que eu não enviei ameaça alguma. Não me comunico com presidentes de Poderes, por intermédio de interlocutores. No mesmo dia, ainda pela manhã, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, confirmou publicamente que não houve esse episódio”, disse o ministro. “Considero esse assunto resolvido, esclarecido e encerrado”, afirmou.

    Especulações sobre golpe

    Os deputados questionaram Braga Netto a respeito de especulações sobre planos de golpe contra o sistema democrático, citando inclusive mensagens de algumas personalidades nas redes sociais. O ministro disse que as Forças Armadas atuam apenas de acordo com a Constituição federal (CF). 

    “Vou ler outra vez o artigo 142 [da CF]. As Forças Armadas cumprem o que determina a Constituição. Não existe articulação das Forças Armadas fora dos limites da Constituição”,  afirmou. 

    Pazuello

    Sobre a decisão do Exército em impor um sigilo de 100 anos em um processo administrativo contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, Braga Netto defendeu que a medida está prevista na legislação. “É uma questão de lei e é simplesmente o que está previsto na lei”.

    “Eu não posso pegar uma pessoa que cometeu uma transgressão, duas pessoas que cometeram a mesma transgressão e não levar em conta o histórico dessa pessoa. Foi isso que o general fez. A questão dos 100 anos está na legislação”, argumentou o ministro da Defesa.

    Walter Braga Netto
    Walter Braga Netto (03.abr.2020)
    Foto: Isac Nóbrega/PR

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