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    8 de janeiro: mesmo com decreto de GLO, Exército nunca esteve pronto para golpe, dizem oficiais da Força

    Generais afirmaram à CNN ainda que, se os militares tivessem sido convocados na ocasião, teriam atuado dentro da legalidade e não "para derrubar o governo"

    "O Exército nunca esteve pronto para um golpe", disseram oficiais do exército à CNN
    "O Exército nunca esteve pronto para um golpe", disseram oficiais do exército à CNN Antonio Cruz/Agência Brasil

    Jussara Soaresda CNN

    Brasília

    Às vésperas do primeiro aniversário do 8 de janeiro, integrantes da cúpula do Exército rechaçam a avaliação de autoridades de que um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) após os ataques criminosos poderia ter aberto caminho para uma escalada golpista.

    Oficiais militares disseram à CNN, em caráter reservado, que “o Exército nunca esteve pronto para um golpe”, mesmo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tivesse optado por uma GLO.

    A tese golpista era amplamente divulgada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que pediam uma intervenção militar com o objetivo de tentar impedir posse de Lula.

    Generais afirmaram à CNN ainda que, se os militares tivessem sido convocados na ocasião, teriam atuado dentro da legalidade e não “para derrubar o governo”.

    A GLO é uma prerrogativa do presidente da República prevista na Constituição Brasileira e geralmente é aplicada quando um estado enfrenta uma crise na segurança pública e solicita assistência federal.

    O Exército viveu uma crise de desconfiança por parte do Palácio do Planalto insuflada pela permanência do acampamento de apoiadores de Jair Bolsonaro na frente do Quartel General em Brasília, que serviram de abrigo para os invasores que mais tarde depredariam as sedes dos Três Poderes.

    O grupo se instalou diante do QG logo após a derrota de Bolsonaro, mas não foi retirado. Militares alegam que a medida só poderia ter ocorrido com uma decisão judicial, o que não houve.

    Em entrevista à série especial da CNN sobre o 8 de janeiro, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) avaliou como acertada a decisão de Lula não decretar uma GLO e optar por uma decisão intervenção apenas na segurança pública do Distrito Federal.

    Para Pacheco, a decisão evitou a escalada do movimento antidemocrático.

    “Acabou com o governo federal fazendo a intervenção na segurança pública do DF. Tomou a decisão correta dentro de limites para evitar que houvesse uma escalada que pudesse fortalecer esse movimento antidemocrático”, acrescentou.