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    7/9: Forças Armadas se exibirão em Copacabana, que também terá ato bolsonarista

    Em documentos enviados ao STF, Presidência negou que mudança de local de desfile carioca tivesse sido formalizada

    Fernando Molicada CNN

    No feriado de 7 de Setembro, Copacabana será palco de desfile de navios da Marinha, apresentações de aviões da Aeronáutica, saltos de paraquedistas do Exército e de ato pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).

    A tradicional parada militar no Centro foi cancelada – o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD) disse à CNN que bandas do Exército se apresentarão diante de um palanque a ser montado na orla de Copacabana.

    Na véspera, haverá um desfile na Vila Militar, concentração de quartéis na zona oeste da cidade. As apresentações das Forças Armadas foram comunicadas ao prefeito no fim da tarde desta quarta-feira (17) pelo comandante militar do Leste, general André Luis Novaes de Miranda.

    Na véspera, Bolsonaro avisara a Paes que não haveria desfile militar – os dois se encontraram na solenidade de posse do novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes.

    Documento 7 de setembro
    Documento 7 de setembro / CNN

    Na última segunda (15), o presidente Jair Bolsonaro encaminhou ao Supremo Tribunal Federal documento da Advocacia Geral da União que contestava a ação em que a Rede Sustentabilidade pede a proibição da mudança de local de “atos de comemoração ao bicentenário da independência” no Rio.

    O partido pedia também que o presidente da República não fosse autorizado a promover atos políticos-eleitorais nos locais onde houvesse comemorações pelo 7 de Setembro.

    No documento, a AGU alega que a ação – uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – não deveria prosseguir porque não havia qualquer ato administrativo que tratasse da mudança do local do desfile. A realização da parada militar em Copacabana havia sido anunciada por Bolsonaro em 30 de julho durante convenção do Republicanos.

    Relatora do caso, a ministra Cármen Lúcia, do STF, determinara que o presidente se manifestasse sobre o assunto.

    A Secretaria-Geral da Presidência da República também enviou ao STF documento em que contesta a iniciativa da Rede. Alega que a ADPF não deveria ir adiante porque a eventual mudança no local do desfile não tinha sido formalizada, havia apenas “um desejo, uma mera expectativa do Presidente da República”.

    Em outro documento também entregue ao STF, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general Laerte de Souza Santos,  diz que o Ministério da Defesa sabia da possibilidade de alteração do local do desfile (para Copacabana ou para o Aterro do Flamengo) mas que, até aquele momento,  nenhum documento sobre o assunto havia sido protocolado.