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    Eleições 2022

    26 dos deputados federais eleitos superam quociente eleitoral; saiba quem são

    Distribuição de vagas na Câmara ocorre de forma proporcional ao total de votos de cada legenda ou federação; entenda

    Marcello SapioDaniel Reisda CNN

    Em São Paulo, seis “puxadores de votos” tiveram votações suficientes para se eleger “sozinhos”; distribuição de vagas na Câmara ocorre de forma proporcional ao total de votos de cada legenda ou federação

    Entre os 513 eleitos à Câmara dos deputados no pleito do último domingo (2), apenas 26 receberam votos suficientes para atingir ou ultrapassar o quociente eleitoral, conquistando uma cadeira na Casa com seus próprios votos.

    Eles representam 4,85% dos parlamentares que ocuparão uma vaga na Câmara no próximo mandato. Os outros 487 deputados eleitos, que representam 95,25% das cadeiras, conseguiram uma vaga a partir do total de votos de seu partido.

    O percentual de parlamentares eleitos com votos próprios neste ano é menor do que o registrado em 2018, quando 27 deputados conquistaram vagas dessa maneira.

    A eleição para a Câmara segue o sistema proporcional de votos de cada legenda ou federação partidária. Ao contrário do que acontece no sistema majoritário, nem sempre quem recebe mais votos fica com a vaga.

    Para definir os candidatos eleitos, calcula-se o quociente eleitoral, obtido a partir da soma do número total de votos válidos no pleito dividida pelo número de cadeiras em disputa na Casa.

    Em seguida, calcula-se o quociente partidário, dividindo o número de votos que o partido ou a federação obtiveram pelo quociente eleitoral. O resultado, desprezando os algarismos após a vírgula, representa o total de cadeiras a que o partido tem direito.

    Em São Paulo, maior colégio eleitoral do país — e que tem direito a 70 cadeiras na Câmara —, seis deputados foram eleitos com número de votos superior ao quociente eleitoral, sendo três do PL, um do PSOL, PSB e PP.

    Depois aparecem os estados do Paraná e do Rio de Janeiro, que elegeram quatro deputados cada com o quociente eleitoral. Minas Gerais, segundo maior colégio do Brasil, elegeu dois. Entre eles, o candidato mais votado nas eleições: Nikolas Ferreira, do PL, que obteve mais de 1,49 milhão de votos.

    Sob o recorte dos partidos, o PL foi o que mais elegeu deputados “sozinhos” (oito). Entre eles estão os ex-ministros Ricardo Salles e Eduardo Pazuello, e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), como Carla Zambelli, Bia Kicis e Eduardo Bolsonaro.

    O PT, que formou a segunda maior bancada da Câmara, elegeu dois desta maneira: Gleisi Hoffmann e Paulo Pimenta.

    Confira a lista dos eleitos à Câmara que atingiram o quociente eleitoral:

    Norte:

    • Amom Mandel (Cidadania-AM)

    Nordeste:

    • André Ferreira (PL-PE)
    • Arthur Lira (PP-AL)
    • Clarissa Tércio (PP-PE)

    Centro-Oeste:

    • Bia Kicis (PL-DF)
    • Silvye Alves (União-GO)

    Sudeste:

    • André Janones (Avante-MG)
    • Carla Zambelli (PL-SP)
    • Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
    • Daniela do Waguinho (União-RJ)
    • Delegado Bruno Lima (PP-SP)
    • Doutor Luizinho (PP-RJ)
    • Eduardo Pazuello (PL-RJ)
    • Guilherme Boulos (PSOL-SP)
    • Nikolas Ferreira (PL-MG)
    • Ricardo Salles (PL-SP)
    • Tabata Amaral (PSB-SP)
    • Taliria Petrone (PSOL-RJ)

    Sul:

    • Beto Preto (PSD-PR)
    • Deltan Dallagnol (Podemos-PR)
    • Fernanda Melchionna (PSOL-RS)
    • Filipe Barros (PL-PR)
    • Gleisi Hoffmann (PT-PR)
    • Marcel van Hattem (Novo-RS)
    • Paulo Pimenta (PT-RS)
    • Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS)

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