SoftBank quer formar “aliança estratégica” entre Arm e Samsung
Declaração vem após os comentários de Jay Y. Lee, vice-presidente da Samsung, de que o fundador do SoftBank "pode fazer uma proposta" no próximo mês
O fundador e presidente-executivo do SoftBank, Masayoshi Son, disse nesta quinta-feira (22) que planeja se reunir com a Samsung para discutir uma possível “aliança estratégica” entre a gigante de tecnologia sul-coreana e a designer de chips Arm.
“Gostaria de conversar com a Samsung sobre uma aliança estratégica com a Arm”, disse Son em comunicado.
A declaração vem após os comentários de Jay Y. Lee, vice-presidente da Samsung, à News1 de que Son “pode fazer uma proposta” em uma visita prevista para o próximo mês.
A Samsung não comentou a reportagem.
O SoftBank adquiriu a Arm, cuja tecnologia alimenta o iPhone, da Apple, e quase todos os outros smartphones, em 2016, por US$ 32 bilhões.
Depois, um acordo para venda da Arm à Nvidia despertou a oposição da indústria e foi cancelado diante de obstáculos regulatórios, levando o SoftBank a desenhar planos para uma listagem da unidade nos Estados Unidos.
A visita ocorre em meio a especulações sobre a potencial formação de um consórcio industrial para investir na Arm e garantir sua neutralidade.
“Uma potencial proposta poderia ser que empresas interessadas em deter uma fatia da Arm consigam entrar em uma operação pré-IPO, a um preço mais baixo”, disse Lee Min-hee, analista da BNK Investment & Securities.
Uma aliança com a Arm pode ser estratégica para a Samsung, que é líder do mercado em chips de memória e investe pesadamente para tentar alcançar a TSMC em chips lógicos.
Outros possíveis pretendentes da Arm incluem a Intel, uma vez que o presidente-executivo da empresa, Pat Gelsinger, manifestou em fevereiro interesse em se juntar a um consórcio para comprar a designer de chips.
A SK Hynix, rival da Samsung, também manifestou interesse na Arm, segundo a agência de notícias Yonhap.
A Qualcomm, também citada como potencial investidora, está sendo processada pela Arm, que a acusa de quebrar acordos de licença e violação de marca.