Sobe para 48 o número de mortes em prisão feminina de Honduras
Presidenta do país, Xiomara Castro, disse que local foi alvo de motim motivado por gangues; governo anunciou saída do ministro da Segurança, Ramón Antonio Sabillón
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O número de mortos em um motim em uma prisão feminina em Honduras subiu para 48, disse o porta-voz do Ministério Público nesta quarta-feira (21). Os primeiros relatos apontavam para 41 mortas e outras sete pessoas feridas.
O incidente violento ocorreu na terça-feira e a maioria das vítimas morreram queimadas, enquanto outras foram baleadas. O governo afirma que as mortes ocorreram após um ataque liderado por gangues em retaliação aos seus esforços para reprimir a corrupção em penitenciárias.
Autoridades estão trabalhando para identificar os corpos no Centro Feminino de Adaptação Social, uma penitenciária feminina com capacidade para 900 pessoas a cerca de 20 quilômetros da capital Tegucigalpa, disse Yuri Mora, porta-voz da promotoria.
A presidente Xiomara Castro disse que o motim foi planejado por membros de gangues com conhecimento dos guardas. “Tomarei medidas drásticas”, declarou ela no Twitter.
A primeira ação de Xiomara Castro na noite de terça-feira foi substituir o ministro da Segurança, Ramón Antonio Sabillón, pelo chefe da polícia nacional, Gustavo Sánchez, transferindo Sabillón para o serviço estrangeiro.
Mais medidas serão anunciadas nesta quarta-feira, disse o gabinete da presidente, para “combater o crime organizado e desmantelar o boicote contra a segurança promovido dentro das prisões”.
O motim foi provavelmente uma reação à repressão do governo nos últimos meses contra a corrupção nas prisões, disse Julissa Villanueva, chefe do sistema penal.
(Reportagem de Gustavlo Palencia)