Medo e desinformação atrasam vacinação de grávidas, afirma obstetra
À CNN Rádio, Rossana Pulcineli Vieira, uma das criadoras do Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19, disse que a baixa adesão preocupa
O medo e a desinformação a respeito da vacinação contra a Covid-19 explicam a baixa adesão de grávidas e puérperas à imunização. Esta é a avaliação de Rossana Pulcineli Vieira Francisco, uma das criadoras do Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19 e presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo.
Em entrevista à CNN Rádio, Rossana afirmou que a comunidade médica está “muito preocupada” com os números. Segundo ela, “dificuldades foram criadas” durante a pandemia que impediram a adesão maciça à vacinação.
“Houve algumas idas e vindas sobre a permissão da vacinação. Médicos também têm orientado que só vacinem depois de 20 semanas de gravidez, o que não tem apoio científico”, explicou.
“A gente vê um medo muito grande, e seria mais interessante que as grávidas e puérperas tivessem medo de pegar Covid, e não estar vacinadas”, analisou.
Isso porque, de acordo com a obstetra, uma gestante tem risco “muito maior” de evoluir para um quadro grave de Covid-19 do que uma não-gestante. “É muito importante que se vacinem”, enfatizou.
Hoje, são aplicadas as vacinas da Pfizer e Coronavac em gestantes no Brasil. “Nenhuma delas está associada a risco de trombose, abortamento, má formação. As gestantes podem ficar totalmente tranquilas”, comentou.
*Com produção da Bel Campos