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    Medo e desinformação atrasam vacinação de grávidas, afirma obstetra 

    À CNN Rádio, Rossana Pulcineli Vieira, uma das criadoras do Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19, disse que a baixa adesão preocupa

    Amanda Garciada CNN*

    O medo e a desinformação a respeito da vacinação contra a Covid-19 explicam a baixa adesão de grávidas e puérperas à imunização. Esta é a avaliação de Rossana Pulcineli Vieira Francisco, uma das criadoras do Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19 e presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo.

    Em entrevista à CNN Rádio, Rossana afirmou que a comunidade médica está “muito preocupada” com os números. Segundo ela, “dificuldades foram criadas” durante a pandemia que impediram a adesão maciça à vacinação.

    “Houve algumas idas e vindas sobre a permissão da vacinação. Médicos também têm orientado que só vacinem depois de 20 semanas de gravidez, o que não tem apoio científico”, explicou.

    “A gente vê um medo muito grande, e seria mais interessante que as grávidas e puérperas tivessem medo de pegar Covid, e não estar vacinadas”, analisou.

    Isso porque, de acordo com a obstetra, uma gestante tem risco “muito maior” de evoluir para um quadro grave de Covid-19 do que uma não-gestante. “É muito importante que se vacinem”, enfatizou.

    Hoje, são aplicadas as vacinas da Pfizer e Coronavac em gestantes no Brasil. “Nenhuma delas está associada a risco de trombose, abortamento, má formação. As gestantes podem ficar totalmente tranquilas”, comentou.

    *Com produção da Bel Campos

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