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    Dino manda PF concluir inquérito que investiga Renan Calheiros

    Investigação tramita no Supremo desde 2017 e passou por três ministros

    Elijonas Maiada CNN , Brasília

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino determinou que a Polícia Federal conclua, em até 90 dias, a investigação sobre um suposto pagamento de propinas ao senador Renan Calheiros (MDB) envolvendo um esquema suspeito de contratos fraudulentos no fundo de pensão dos Correios, o Postalis.

    Segundo o ministro, ao decidir pela extensão por mais três meses do caso, essa é a “última prorrogação”.

    O inquérito tramita há sete anos na Corte, o que, segundo Dino, indica uma “situação tendencialmente excessiva”. “Para evitar a configuração inequívoca desse indesejável abuso, as autoridades competentes devem concluir as diligências e emitir as manifestações que considerarem cabíveis”, determinou.

    Na decisão, o ministro Flávio Dino rejeitou um pedido da defesa do senador para arquivar as investigações por excesso de prazo. Segundo o magistrado, não houve prorrogações indevidas do inquérito, tido como uma investigação de alta complexidade.

    No STF, o caso já teve relatoria dos ministros Luís Roberto Barroso e Rosa Weber. Dino herdou após a aposentadoria de Rosa.

    Em agosto deste ano, Dino já havia concedido mais 90 dias para que a PF seguisse investigando uma possível ligação de Renan Calheiros com o esquema de corrupção no fundo de pensão dos Correios.

    Renan é investigado por suspeita de manter conexões em um esquema envolvendo a compra de papéis com empresas de fachada, que seriam administradas por um operador político de senadores do MDB.

    O senador ainda não se manifestou sobre a decisão de Dino. A CNN também tenta contato com a Postalis.

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