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    Consumo de eletricidade sobe 5% em 2021, mesmo com crise hídrica, diz EPE

    Empresa estatal destaca que país ainda não retomou o padrão de consumo anterior à pandemia

    Stéfano Sallesda CNN no Rio de Janeiro

    Mesmo em meio à crise hídrica que atravessou o país em 2021, os brasileiros aumentaram em 5,2% o consumo de energia elétrica em relação a 2020. Os dados foram divulgados pela Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE), em seu Boletim Trimestral de Consumo de Eletricidade. A publicação fecha o ano com dados de outubro, novembro e dezembro.

    Durante o ano, o consumo industrial subiu 9,2% no ano passado, enquanto no comércio a elevação foi de 5,5%, e nas residências, de 1,8%. No ano passado, o governo chegou a instituir o Programa de Incentivo à Redução Voluntária de Energia Elétrica, com direito ao pagamento de bônus a cada quilowatt-hora (kWh) economizado.

    O documento, concentrado na análise trimestral, aponta que, em outubro, novembro e dezembro do ano passado, o consumo nacional subiu 1% em relação ao mesmo período de 2021. Esse incremento foi puxado pelo aumento de demanda da classe industrial, de 2,8%. Foi a sexta taxa positiva consecutiva do segmento, algo que não acontecia desde 2011.

    Na classe comercial, a alta foi de 4,8%, a terceira em série. Embora esse seja um patamar superior ao industrial, a participação do comércio no consumo de energia é menor que a da indústria, que impacta mais, mesmo com variação menor. A classe residencial foi a única que apresentou redução de consumo no período: 3%.

    De acordo com a EPE, as variações positivas de comércio e indústria nos dados dos três meses são compatíveis com o ambiente de retomada econômica vivido pelo país naquele momento, combinado com o relaxamento das medidas de distanciamento social. No entanto, a empresa lembra que a recuperação ainda não é completa.

    “Apesar da expansão do consumo de energia elétrica da classe comercial em 2021 em relação a 2020, o consumo ainda é menor do que o registrado antes da pandemia da Covid-19 no ano de 2019”, diz um trecho do boletim. Com relação à queda da demanda de consumo residencial, a justificativa é outra.

     

    “Tal queda pode ser explicada em parte pelas temperaturas mais amenas, mas também pela reabertura a economia proporcionada pela redução dos casos de Covid-19 e pelo avanço da vacinação, reduzindo o tempo de permanência das pessoas em suas residências”, informa outro trecho da publicação.

    O cenário foi reflexo da ocorrência de maior volume de chuvas, atribuído ao fenômeno natural La Niña.