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    Cidade do Rio de Janeiro tem baixa adesão à vacinação de crianças contra a Covid

    Segundo o secretário municipal de Saúde da capital fluminense, apenas 39% das crianças de 8 a 11 anos foram vacinadas

    Isabelle SalemePauline Almeidada CNN , no Rio de Janeiro

    Apenas 39% das crianças entre oito e onze anos de idade foram vacinadas contra a Covid-19 no Rio de Janeiro. Segundo o secretário municipal de Saúde do Rio, a adesão é a mais baixa da história da capital fluminense.

    “É um número bastante baixo. A gente precisa reforçar com os pais a importância de vacinarem os seus filhos. A Covid é uma doença que a gente não sabe ao certo como ela vai se comportar, se vai existir uma outra mutação do vírus, uma mutação mais agressiva para criança. É muito importante que os pais protejam seus filhos”, explicou Soranz.

    A prefeitura do Rio espera vacinar 560 mil crianças entre cinco e onze anos. O calendário de vacinação previa imunizar as crianças até 9 de fevereiro, mas a campanha já foi paralisada duas vezes por falta de doses. A expectativa é de que seja retomada na próxima sexta-feira (4), para crianças de sete e seis anos, com a chegada de 100 mil doses da Coronavac.

    Como mais uma remessa de 33 mil doses da Pfizer está prevista para até o fim de semana, Soranz afirma que poderá começar a vacinar as crianças de cinco anos na semana que vem. O número de doses, no entanto, não é suficiente para todo o público-alvo, uma vez que para cada idade são cerca de 80 mil crianças, segundo estimativas das autoridades de saúde.

    Aumento de casos entre crianças

    Em janeiro de 2022, o Rio de Janeiro registrou 13.621 casos de Covid-19 em crianças de zero a nove anos. O quantitativo do mês é superior ao registrado nos dois últimos anos inteiros. No momento, segundo a secretaria municipal de Saúde, 26 crianças estão internadas na rede pública da capital.

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    Volta às aulas

    Apesar da baixa adesão à vacina, a volta às aulas está mantida na rede pública municipal para a próxima segunda-feira (7). Segundo Soranz, o comprovante de vacinação não será exigido.

    “As crianças não podem ser punidas pelos erros dos pais […] Isso poderia aumentar a evasão escolar. Agora, é muito importante que os pais tenham consciência, que entendam que a sua criança não vacinada está muito mais suscetível a ter formas graves e ter Covid-19″, afirmou.

    Segundo o secretário, o retorno às atividades acontece em um contexto favorável com a imunização dos professores, incluindo a dose de reforço, e com a aplicação pelo menos da primeira dose nas crianças.

    Busca ativa dos não vacinados

    A prefeitura do Rio planeja uma busca ativa aos alunos não vacinados já para a segunda semana de aulas.

    “A gente precisa melhorar nossas estratégias de busca ativa. A gente já faz isso com outras vacinas, mas também vamos fazer com a vacina infantil do coronavírus. Tentar levantar quais as crianças nas escolas que ainda não se vacinaram e enviar um formulário pedindo autorização para os pais para essa vacinação. Os pais que autorizarem, as crianças poderão ser imunizadas também nas escolas”, explicou Soranz.

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