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    Zeu, condenado pela morte de Tim Lopes, é considerado foragido após não se apresentar para colocar tornozeleira eletrônica

    TJRJ expediu mandado de prisão nesta segunda (22); Zeu foi solto no último dia 4

    Rafael Villarroelda CNN* , Em São Paulo

    O traficante Elizeu Felício de Souza, conhecido como Zeu, é novamente foragido da Justiça do Rio, pois não se apresentou para instalar uma tornozeleira eletrônica, após ter sido solto no último dia 4, quando progrediu para o regime de prisão domiciliar.

    Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, um mandado de prisão foi expedido nesta segunda (22).

    Além disso, a Vara de Execuções Penais também pediu a regressão do agora foragido para o regime fechado.

    Ele estava preso desde 2010, quando foi capturado no Complexo do Alemão, e ficou 13 anos e 7 meses preso pela participação na morte do jornalista Tim Lopes, em 2002.

    Procurada, a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP-RJ), afirmou que “Elizeu Felício de Souza não compareceu à Central de Monitoração Eletrônica para a instalação da tornozeleira eletrônica dentro do prazo legal”, e que o fato havia sido comunicado à Justiça.

    Dos sete condenados em 2005 pelo crime, Zeu era o único que ainda estava preso. Mandante do crime, Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, foi encontrado morto, em 2020, na cela do presídio federal de Catanduvas (PR).

    Os outros envolvidos foram Claudino dos Santos Coelho, Reinaldo Amaral de Jesus, Fernando Sátyro da Silva, Cláudio Orlando do Nascimento e Ângelo Ferreira da Silva.

    O caso

    O jornalista Tim Lopes foi morto em 2002, enquanto fazia uma reportagem sobre abuso sexual de menores e tráfico de drogas em bailes funks na favela da Vila Cruzeiro, que faz parte do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio.

    Ele foi descoberto por traficantes da região quando circulava pelo local com uma microcâmera no bolso da camisa, que filmava a venda de drogas na comunidade.

    Lopes foi levado para o alto da favela da Grota. No trajeto, levou um tiro no joelho para impedir que fugisse.

    Ele acabou torturado por Elias Maluco e comparsas, incluindo Zeu, e logo após foi esquartejado e teve o corpo incinerado.

    O líder da ação, o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, foi encontrado morto em 2020, na cela em que cumpria pena na penitenciária federal de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná.

    À época, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), afirmou que o detento havia se matado.

    *Sob supervisão

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