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    Witzel promete suspender contratos de empresas acusadas de corrupção na Saúde

    Três operações neste mês tiveram como foco contratos da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro

    Da CNN, em São Paulo

    Em meio ao cenário de pandemia de coronavírus, três operações neste mês tiveram como foco contratos da Secretaria Estadual de Saúde do Rio. Uma delas, deflagrada na semana passada, mirava um esquema fraudulento na aquisição de respiradores. Nesta quinta-feira (14), duas operações diferentes – e sem relação direta com a pandemia – tiveram como foco contratos superfaturados entre governo e Organizações Sociais (OSs). 

    Ao se referir à operação desta quinta tocada pelo Ministério Público Federal e a Polícia Federal, que levou à prisão o ex-presidente da Alerj Paulo Melo e o empresário Mário Peixoto, o governador Wilson Witzel afirmou que vai suspender temporariamente os contratos com empresas envolvidas no esquema e fazer neles uma auditoria. Se forem encontradas irregularidades, esses contratos serão cancelados de modo definitivo.

    A Controladoria-Geral e a Procuradoria-Geral do Estado encaminharam um ofício à Justiça Federal em que solicitam informações sobre as pessoas e empresas envolvidas na operação do MPF e da PF – que teve, ao todo, cinco mandados de prisão e 42 de busca e apreensão.

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    “Determinei à CGE e à PGE que façam uma auditoria minuciosa de todos os contratos que existem no governo com essas empresas. Se forem encontradas irregularidades, os contratos serão cancelados. Caso haja participação de funcionários e servidores do governo, os mesmos serão exonerados”, afirmou o governador. 

    Apesar de os contratos em questão terem iniciado nas gestões do MDB – Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão -, o empresário Mário Peixoto é ligado ao governador, e mais ainda ao secretário de Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão. Num debate eleitoral em 2018, o então candidato Romário chegou a questionar Witzel sobre sua relação com Peixoto, àquela altura uma figura já conhecida do noticiário fluminense pela frequência com que obtinha contratos com o Palácio Guanabara.

    Além dessa operação de investigadores federais, que faz parte da Operação Lava Jato, o MP estadual do Rio também foi às ruas nesta manhã em operação contra contratos superfaturados na Saúde. Um dos alvos, Luiz Roberto Martins, estava no foco das duas investigações. Ele foi preso pelo MP fluminense e alvo de mandados de busca e apreensão nos dois casos. Em sua casa, no Sul do Rio, a PF apreendeu R$ 1,5 milhão.

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