Waack: dinheiro, estrutura, capilaridade e palanques regionais vão decidir a eleição
Fatores tradicionais, como tempo de televisão, voltarão a ter relevância no pleito deste ano
Falta o PT ainda chancelar, mas é só formalidade.
O PSB apresentou nesta sexta-feira (8) o ex-governador paulista Geraldo Alckmin como companheiro de chapa de Lula. É o jeito que o chefão petista encontrou para dizer que está montando um movimento político suficientemente abrangente para capturar, talvez, pedaços do eleitorado que apoiou Jair Bolsonaro contra o PT há quatro anos, e se arrependeu do capitão.
Ainda é cedo para dizer se vai funcionar, afirmam os especialistas em pesquisas de opinião, confortavelmente lideradas até aqui por Lula e Bolsonaro.
É cedo também para dizer que uma candidatura contra os dois não tem chances de decolar, dizem os operadores políticos que até agora não conseguiram fazer essa candidatura, a tal terceira via, decolar.
O que parece razoavelmente consolidado até aqui é um número expressivo de eleitores que dizem já ter feito a sua escolha, e esse número é o dobro do que se registrava em abril de 2018.
É dinheiro, estrutura, capilaridade e palanques regionais que vão decidir a eleição desse ano, na qual os tais fatores tradicionais, como tempo de televisão, voltam a ter relevância.
Não é, de fato, um cenário para outsiders. E os insiders, os operadores do Centrão, sentem-se muito confortáveis. Eles acham que ganham de qualquer jeito.
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