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    Viúva de Marielle pede indenização de R$ 1 milhão a acusados de assassinato

    Vereadora cobra ainda pensão e indenização por tratamentos psicológicos

    Stéfano Salles, da CNN no Rio de Janeiro

    A vereadora do Rio de Janeiro, Mônica Benício (PSOL) pediu uma indenização de R$ 1 milhão por danos morais aos acusados do assassinato de sua companheira, Marielle Franco, ocorrido em março de 2018.

    A ação foi impetrada na sexta-feira (12), na 29ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, contra os ex-policiais militares Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa. A ação também pede que a o bloqueio dos bens da dupla.

    O pedido inclui ainda uma pensão mensal de R$ 14 mil, valor calculado com base nos rendimentos de Marielle, que seria paga até que a ex-parlamentar completasse 76 anos. O valor, segundo o advogado de Mônica, tem como referência a expectativa de vida no país. Tancredo pede ainda ressarcimento dos tratamentos psicológicos e psiquiátricos feitos pela cliente desde o crime. 

    “Nós entramos com a ação porque ficamos sem saída. Vai completar três anos do crime e, se nós não tivéssemos pedido até sexta-feira, o prazo para fazer o pedido cairia em prescrição. Gostaríamos de pedir também indenização aos mandantes, mas ainda não há provas suficientes contra eles”, pondera o advogado. 

    Procurado, o advogado de Ronnie Lessa, Bruno Castro, disse que preferia não se manifestar sobre o assunto. Já Henrique Telles, responsável pela defesa de Élcio de Queiroz, qualificou a medida como apressada. 

    “Naturalmente, ela tem o direito de pedir o que achar devido, mas considero açodado. Porque não há o trânsito em julgado da sentença e nem mesmo a confirmação da culpa. Eles são acusados. Esse processo está em curso, ainda haverá o julgamento no Tribunal do Juri e, mesmo depois disto, ainda caberá recurso”, afirmou o advogado. 

    Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram executados no dia 14 de março de 2018, no Estácio, na Região Central do Rio de Janeiro, quando a então vereadora voltava para sua residência, na Tijuca, Zona Norte do Rio, após a participação em um evento na Lapa. Ela exercia o primeiro mandato como vereadora. 

    Na semana passada, o novo procurador-geral de justiça do Rio, Luciano Mattos, criou uma força-tarefa para concluir as investigações do crime, que envolve outros 15 procedimentos abertos no órgão. 

    Mônica Benício foi eleita vereadora em 2020, com 22 mil votos, com a proposta de continuar o legado da companheira na Câmara Municipal.

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