Vacina da Janssen está em contagem regressiva para acabar no Rio de Janeiro
Municípios populosos do estado, como a capital, podem não ter mais doses do imunizante do grupo Johnson & Johnson
Algumas das cidades mais populosas do Rio de Janeiro já vivem a expectativa da falta de vacinas da Janssen. O imunizante do braço farmacêutico da Johnson & Johnson, único de uma só dose até o momento, começou a ser aplicado no estado no último sábado (26).
Apesar disso, autoridades de Saúde da capital estimam que ele não esteja mais disponível nos postos de saúde ainda nesta segunda-feira (28). Em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e em São Gonçalo, na Região Metropolitana, a expectativa é a mesma.
Importante frisar que todas as vacinas aplicadas no Brasil foram certificadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sendo seguras e eficazes para prevenir os casos graves de Covid-19. As autoridades recomendam que as pessoas que se encaixam nos critérios de aplicação tomem a vacina que estiver disponível nos postos de saúde.
A Secretaria de Estado de Saúde distribuiu, no sábado, 132.450 doses da Janssen aos 92 municípios fluminenses. Essa foi a primeira vez que a vacina chegou à região. O imunizante americano tem a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial e, durante os testes da fase três, apresentou taxa de eficácia de até 68% no Brasil.
Em Duque de Caxias, também na Baixada, a Janssen começa a ser aplicada amanhã (29). A previsão é de que as doses se esgotem em, no máximo, dois dias. Já Niterói, que recebeu 4.530 doses, espera que as vacinas não acabem nesta segunda.
O secretário de Saúde da capital, Daniel Soranz, informou que, assim como aconteceu com o primeiro lote da Pfizer, em maio, o mesmo se dará com a Janssen. À época, diante da alta demanda e preferência, as doses se esgotaram nos dois primeiros dias de aplicação. Na cidade do Rio, segundo o painel da Prefeitura, 20.613 pessoas já foram imunizadas com dose única até o momento.
Com o objetivo de evitar tumulto, alguns municípios não estão disponibilizando informações sobre a disponibilidade do imunizante da Johnson & Johnson. O receio das secretarias de Saúde é de que a população migre para locais que tenham oferta da vacina da Janssen e, com isso, postos que só estejam abastecidos com AstraZeneca e Coronavac fiquem vazios.
