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    Uso dos cigarros eletrônicos é discutido em evento em Londres

    Mais de 80 países já têm regras para consumo de vapes

    Da CNN

    Cerca de trinta pesquisadores e cientistas do mundo inteiro se reuniram para discutir o uso de cigarros eletrônicos durante o The E-cigarette Summit, em Londres, no último dia 16 de novembro. Com mais de 500 pessoas no auditório, o evento ocorreu no Royal College of Physicians, em Londres, na Inglaterra, com foco no debate sobre ciência, regulação e saúde pública.

    Os cigarros eletrônicos são considerados, por especialistas, uma alternativa para quem quer parar de fumar os cigarros convencionais. Estudos internacionais demonstram que os vapes são até 95% menos prejudiciais à saúde. O Reino Unido incentiva a troca dos cigarros tradicionais pelos eletrônicos com a campanha “Trocar para parar”.

    Louise Ross, que chefiou o primeiro serviço público de saúde do Reino Unido a oferecer os dispositivos como uma alternativa menos nociva à saúde conta que consumidores que aderiram ao produto já tinham tentado parar de fumar outras vezes.

    “Descobri, quando dirigia o serviço para parar de fumar em Leicester, que o vape atraiu pessoas para o nosso serviço mais do que qualquer outra coisa que já oferecemos. E muitos deles tentaram terapia de reposição de nicotina, ou medicação, e não funcionou para eles. E eles vieram porque sabiam que estávamos distribuindo vaporizadores. E muitos disseram que isso foi como uma revelação… Nunca pensaram que seria tão fácil parar de fumar. e foi por isso que fiquei tão entusiasmado com a ideia de fazer com que as pessoas aprendessem esta forma muito eficaz de deixar de fumar”, pontua Louise.

    Atualmente, as autoridades em saúde do Reino Unido aprovaram um plano para distribuir gratuitamente mais de um milhão de cigarros eletrônicos para a população. “A vaporização tem desempenhado um papel importante na nossa política de controlo do tabaco no Reino Unido há já algum tempo. E quando o vape surgiu, era algo que surgiu do próprio público e muitos fumantes estavam optando pelo vape como forma de deixar de fumar”, explica John Newton, ex-diretor de desenvolvimento em saúde PHE

    “E, claro, agora estão a surgir evidências, e há boas evidências de que a vaporização é uma forma eficaz de os fumadores deixarem de fumar, mais eficaz do que outras abordagens e os danos até agora são pequenos, e certamente muito menores do que fumar.”

    As leis britânicas determinam uma quantidade máxima de nicotina presente em cada cigarro eletrônico e como eles devem ser expostos nas lojas. Além disso, a venda e o consumo, assim como no Brasil, são proibidos para menos de 18 anos. Mas aqui no país, todo o comércio é ilegal, já que no Brasil não há regulamentação. Para a indústria do setor, esse processo regulatório garante mais segurança aos fabricantes e aos consumidores. “O principal perigo de não haver regulamentação é deixar claramente o mercado aberto a produtos ilícitos. Produtos que não são regulamentados, que não são controlados por padrões de qualidade e segurança. Então, você está basicamente deixando seus consumidores em uma situação muito difícil e perigosa”, conclui Martina Branconi, BAT Senior Regulatory Affairs Manager.

    (Publicado por João Guimarães)