Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    UFRJ irá submeter à Anvisa pedido de autorização para teste clínico de vacina

    Anúncio foi feito pelo Ministro da Saúde durante agenda no Rio de Janeiro

    Isabelle Resende, da CNN, no Rio de Janeiro

    Ainda essa semana, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) irá submeter à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido de autorização para dar início aos ensaios clínicos em humanos da vacina UFRJ-VAC.   

    O anúncio foi feito na terça-feira (3) pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante coletiva de imprensa no Rio de Janeiro.  

     “Recebemos a informação da reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho. E isso nos dá orgulho. É o nosso serviço público unido no enfrentamento da pandemia”, disse o ministro, na Clínica Adib Jatene, na Maré, acrescentado que toda a população brasileira acima de 18 anos estará vacinada com a primeira dose até setembro. 

    A coordenadora do Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares da Coppe/UFRJ, Leda Castilho, coordenadora do estudo, disse que o dossiê com as informações sobre os estudos em animais está sendo finalizado e que todos os envolvidos estão trabalhando incansavelmente no preparo da documentação que será submetida à Anvisa.  

    De acordo com a pesquisadora, a vacina é baseada na tecnologia da proteína recombinante, ou seja, na cópia da proteína S (Spike) do vírus SARs-COV-2, e é facilmente aplicável a outras variantes do coronavírus. É a mesma tecnologia usada, por exemplo, na vacina contra a Hepatite B, usada desde a década de 1980 e da vacina contra o HPV e aplicada em crianças e adolescentes desde 2007.  

    A tecnologia utilizada no desenvolvimento do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina da UFRJ também permite que sejam feitas alterações na proteína S, de acordo com as mutações apresentadas pelas variantes do novo coronavírus. Algumas delas já estão prontas e a expectativa dos pesquisadores é de que até o final do ano, seja decidido qual variante será usada no componente ativo da vacina (IFA).  

    Outras duas vacinas estão sendo desenvolvidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que não envolvem a vacina de Oxford/Astrazeneca. Os dois novos imunizantes estão em estágio pré-clínico, ou seja, em fase de testes em animais. 

    Uma das vacinas de Bio-Manguinhos é chamada de sintética e tem como base pequenas partes de proteínas do vírus para induzir a produção de anticorpos através da ativação das células T, conhecidas como células imunológicas. 

    O outro imunizante em desenvolvimento pela Fiocruz é o de subunidade. Nele, são utilizadas proteínas recombinantes ou fragmentos de antígenos, que testam a principal proteína de ligação do vírus, e geram anticorpos contra a Covid-19. 

    Depois da conclusão dos estudos com animais, o Instituto partirá para a fase dos estudos clínicos de fases I, II e III. A Fiocruz informou à CNN que, mesmo em processo acelerado de desenvolvimento tecnológico e, obtendo resultados positivos em todas as etapas futuras, a vacina de BioManguinhos/Fiocruz só chegará ao registro após 2022.

    Tópicos