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    UFRJ diz que já opera no negativo após cortes de verba do governo federal

    Na última quarta-feira (30), o governo anunciou o bloqueio das verbas do Ministério da Educação; UFRJ informou corte de R$ 15 milhões

    Fachada do Palácio Universitário da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), na Praia Vermelha, Urca, zona sul do Rio
    Fachada do Palácio Universitário da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), na Praia Vermelha, Urca, zona sul do Rio Fábio Motta/Estadão Conteúdo

    Roberta Jansen, do Estadão Conteúdo

    A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) informou que já está operando no vermelho e não conseguirá executar mais nenhuma despesa pendente por causa do corte de verba feito pelo Governo Federal.

    Em comunicado divulgado neste sábado (3), a instituição informou que também não poderá contratar processos licitatórios já concluídos, nem se comprometer com qualquer despesa emergencial.

    Na última quarta-feira (30), o governo anunciou o bloqueio das verbas do Ministério da Educação. De acordo com a UFRJ, o corte para a universidade é de mais de R$ 15 milhões, além dos R$ 9,4 milhões que já estavam bloqueados.

    Com o corte, diz a nota, “as universidades e institutos federais do país não receberão repasses financeiros para seus compromissos básicos”.

    Segundo a nota, R$ 19,3 milhões foram liquidados em novembro e não poderão ser pagos. Entre os pagamentos suspensos, estão as bolsas de assistência estudantil, salários de 900 profissionais extraquadros, contratos de transporte e combustível, custos do sistema integrado de alimentação, contratos de serviços terceirizados de limpeza e vigilância, além de insumos básicos para atividades de ensino, pesquisa e extensão.

    De acordo com o comunicado, “a reitoria identifica o momento como dramático, em um quadro jamais visto em sua centenária história, simbolizando desconsideração do governo federal com o funcionamento da UFRJ e do conjunto das demais universidades, que são as casas da ciência para o progresso do próprio país, como ocorre em toda nação verdadeiramente independente”.

    A nota foi concluída com uma crítica ao governo: “Há um mês do fim do seu mandato, o governo apaga as luzes de sua gestão sem dar qualquer indício de comprometimento com o país.”