Ucranianos chegaram assustados ao Brasil, diz diretora de associação de acolhida
À CNN Rádio, Martha Zimermann de Morais disse que Associação Batista de Ação Social vai assumir todo o cuidado dos refugiados por ao menos um ano
A diretora executiva da Associação Batista de Ação Social (ABASC), Martha Zimermann de Morais, disse, em entrevista à CNN Rádio, que os ucranianos que fugiram da guerra chegaram ao Brasil “muito assustados.”
O primeiro grupo de cidadãos da Ucrânia chegou no último dia 18 em Curitiba, no Paraná, com 17 crianças e adolescentes, dois homens e dez mulheres.
“Eles chegaram muito assustados, me ponho no lugar, chegam com língua estranha, alimentação e cultura diferentes. Foi um momento de silêncio deles, percebemos realmente assustados”, contou.
Segundo a diretora da ABASC, a organização dá todo o suporte para os ucranianos, “seja alimentação, roupa, atendimento médico”.
“A proposta é que as igrejas assumam o cuidado durante um ano, auxiliamos na adaptação, nova profissão, estudo, escola.”
“Neste um ano vamos dar o suporte, inclusive financeiro, para começar a vida aqui; quem quiser voltar, vamos apoiar, a ideia é unir as famílias, mas maridos que ficaram lá podem vir para cá, se assim decidirem, após a guerra”, completou.
Martha Zimmerman ainda disse que recebeu muitas doações, vindas de diferentes locais. “Estamos na parte da triagem dessas doações para encaminhar o que é roupa, material de higiene pessoal etc.”
Uma segunda etapa, de acordo com ela, é estreitar a proximidade com as entidades municipais, estaduais e federais, para ver os próximos passos para os refugiados.
No próximo sábado, dia 26, um novo grupo de ucranianos chegará a São Paulo. Serão 80 pessoas. Em 4 de abril, há a previsão de mais 230 cidadão da Ucrânia, que serão distribuídos por algumas cidades do Brasil.