Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Turista chilena é presa após chamar funcionário de “macaco” no Corcovado

    Caso ocorreu durante passeio turístico; mulher tem 30 anos e vai responder por injúria racial

    Victor Aguiarda CNN* , Em São Paulo

    Uma turista chilena de 30 anos foi presa em flagrante no Corcovado, Rio de Janeiro, após cometer um crime de injúria racial. Ela chamou um funcionário da empresa Trem do Corcovado de “macaco” durante um passeio turístico na tarde desta terça-feira (17).

    Segundo informações da Secretaria de Governo do Rio, a mulher teria proferido a ofensa contra o funcionário, que trabalha na recepção e saída dos visitantes, na estação de desembarque do ponto turístico. Não foi explicado o que teria levado a turista a cometer o ato racista. A prisão em flagrante foi feita por agentes do programa Segurança Presente.

    Ela estava acompanhada por uma amiga no momento do ocorrido. As duas estão no Rio de Janeiro há cerca de dez dias e tinham a volta para o Chile programada para o próximo sábado (21). A amiga da suspeita não responde a nenhuma acusação.

    Ainda segundo o governo do Rio, os envolvidos e uma testemunha foram levados para a 9ª Delegacia de Polícia, no Catete. Posteriormente, a ocorrência foi transferida para a 12ª DP, em Copacabana. “A turista vai permanecer presa”, afirma o comunicado.

    Procurada pela CNN, a empresa Trem do Corcovado se posicionou reforçando que repudiam qualquer tipo de preconceito.

    “O Trem do Corcovado recebe há 139 anos mais de um milhão de pessoas por ano, do mundo todo. Transportamos milhares de pessoas todos os dias. Todas as etnias, credos, gêneros, línguas e idades. No Brasil o racismo é crime e a Lei deve ser aplicada de forma implacável como forma de coibir essa nefasta atitude”, afirma a empresa.

    Em nota, a Polícia Civil informou que o caso foi encaminhado à Justiça.

    O advogado de Camila, Rodrigo Pitanguy, afirmou, em nota, que a turista e a amiga que a acompanhava se sentiram “desrespeitadas pelo funcionário da empresa Trem do Corcovado, que as teria deixado esperando por tempo excessivo para embarcar, enquanto dezenas de outros passageiros eram colocados à frente delas”. No comunicado, o advogado também afirma que o funcionário, sempre que questionado, reagia com rispidez e ironia, o que teria provocado a discussão.

    “Camila, sentindo-se vulnerável, enquanto mulher e estrangeira, teria, em tom de desabafo, usado palavras inapropriadas, porém sem conotação racial”, diz a nota. A defesa reforça, no entanto, que a chilena não teria usado a expressão “macaco”.

    *Sob supervisão de Marcos Rosendo

    Tópicos