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    Tribunal da Lava Jato é invadido por enchente em Porto Alegre

    Inundação alcançou a área térrea que corresponde às garagens e ao piso do prédio; ao todo, RS já soma 90 óbitos em decorrência das fortes chuvas que atingem o estado

    Dayres Vitoriada CNN* , São Paulo

    Com inúmeros pontos de inundação que atingem Porto Alegre (RS), na manhã desta terça-feira (07), a água da chuva também alcançou a sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), localizado na capital gaúcha.

    O Comando-Geral do Corpo de Bombeiros Militar da capital confirmou a informação. Segundo a corporação, ainda não há uma estimativa de qual seja o nível que a água atingiu dentro do local.

    À CNN, a assessoria do TRF4 também confirmou a inundação do prédio. Segundo a área de comunicação do Tribunal, a água já acessou a área térrea que corresponde às garagens e ao piso do prédio.

    Em imagens registradas de dentro do Tribunal, é possível verificar que o nível da água já alcança metade das portas e cobre parte das catracas que permitem acesso ao local. Caixas e equipamentos boiam sobre a água e lama que também alcançaram os elevadores da unidade.

    O TRF4, de março de 2014 a fevereiro de 2021, foi sede da Operação Lava Jato, considerada a maior investigação sobre corrupção realizada no país, autorizada, entre outros, pelo então juiz Sérgio Moro.

    Funcionamento do TRF4

    Em publicação nas redes sociais, o órgão regional divulgou imagens desta terça-feira (07) da situação em torno dos prédios do Tribunal.

    “A água cobriu completamente as vias de acesso e chegou ao andar térreo dos prédios. O TRF4 e as Seções Judiciárias do RS, SC e PR estão amplamente mobilizadas para a retomada do funcionamento dos sistemas, porém contamos com a compreensão da sociedade neste momento”, informou a unidade federal nas redes.

    Por conta das condições precárias de operação devido ao estado de calamidade que enfrenta atualmente o estado do Rio Grande do Sul, os prazos processuais do TRF4 estão suspensos até o dia 10 de maio. Por ora, o órgão regional está operando em sistema de plantão apenas para casos considerados de urgência.

    Desde domingo (05), devido ao avanço contínuo das águas pela capital, houve o fechamento de prédios do Tribunal, bem como o desligamento da rede elétrica que alimenta o datacenter, local físico que armazena máquinas de computação, para preservação e integridade dos equipamentos.

    Por conta da situação, também não há previsão para religamento do sistema processual eproc, que permite tramitação, movimentação e controle de processos de primeiro e segundo graus de jurisdição.

    “Estamos atuando para que o retorno ao trabalho presencial nas regiões atingidas e a normalização dos serviços ocorra o mais breve possível. Contudo, não há prazo estimado, porque depende da melhora das condições climáticas e da redução dos níveis de inundação. O TRF4 agradece a compreensão de todos”, informou o Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

    No momento, o TRF4 está oferecido atendimento ao público por meio de um balcão virtual, no horário entre 13h e 18h. O atendimento presencial na unidade segue suspenso.

    Chuvas no Rio Grande do Sul

    Segundo dados atualizados pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, já são 90 mortos, 132 desaparecidos e 361 feridos no estado em razão das fortes chuvas que atingem a região.

    Nesta última segunda-feira (6), em decreto publicado em edição extra do Diário Oficial, a Prefeitura de Porto Alegre determinou o racionamento de água e restringiu o uso do recurso no município enquanto a enchente que atinge a região impede a regularização do serviço.

    Desde o início da semana passada, as fortes chuvas afetaram cerca de 388 municípios gaúchos. Segundo meteorologistas, os temporais devem continuar pelos próximos dias.

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