Traficante cita caso de André do Rap ao pedir soltura a Marco Aurélio
Gilcimar de Abreu, o Poocker, declarou que a situação dele é semelhante aos motivos que levaram à soltura de André do Rap
Comparsa de André do Rap, que está foragido após ser solto por decisão do ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), o traficante Gilcimar de Abreu, conhecido como Poocker, também pediu ao Supremo para ser solto e usou o caso do chefe do PCC como argumento.
No pedido, Abreu alega ao ministro que a situação dele é idêntica ao caso do líder da facção criminosa. André do Rap é considerado pela Justiça um dos principais traficantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que atua dentro e fora dos presídios paulistas.
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Ele foi solto após interpretação de Marco Aurélio sobre o artigo 316 do Código de Processo Penal, que estabelece que prisões preventivas devem ser revisadas a cada 90 dias, sob pena de tornar a prisão ilegal.
O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo, suspendeu a decisão liminar e classificou que a ordem do colega “tem o condão de violar gravemente a ordem pública, na medida em que o paciente é apontado líder de organização criminosa de tráfico transnacional de drogas”.
A revogação veio após o chefe do PCC ter sido solto. Ele deixou a penitenciária de Presidente Venceslau às 11h50 da manhã de sábado, 10 de outubro. A suspeita é que ele já tenha fugido para outro país.
Poocker, o comparsa que pede liberdade pela mesma prerrogativa, foi condenado na primeira e na segunda instância a oito anos de prisão por tráfico de drogas.
A prisão preventiva dele também extrapolou os 90 dias e nenhum juiz, segundo a defesa, fundamentou a necessidade de que ele continue preso em Mirandópolis, interior de São Paulo. O STF ainda não decidiu sobre o caso dele.
(Edição: Marcio Tumen Pinheiro)