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    Ter alunos com deficiência em classes comuns beneficia escolas, diz especialista

    À CNN Rádio, Rodrigo Hübner Mendes, fundador do Instituto Rodrigo Mendes, afirmou que a convivência entre os alunos é positiva para todos

    Amanda Garciada CNN

    O crescimento das matrículas de alunos com deficiência em classes comuns entre 2021 e 2022 é bastante positivo, na avaliação de Rodrigo Hübner Mendes, fundador do Instituto Rodrigo Mendes, à CNN Rádio.

    De acordo com o Censo Escolar de 2022, somente na Educação Infantil, por exemplo, as matrículas desses estudantes tiveram um aumento de 63,5%.

    “Há um marco legal bastante robusto nesse sentido, que define desde 2008 que crianças com deficiência devem ir para a escola com demais alunos, para que possam conviver num ambiente de máximo estímulo para ter chance de alcançar o seu melhor como ser humano”, disse o especialista.

    Rodrigo Mendes acredita que “as mudanças geram tipo de ensino que é mais contemporâneo, a escola como um todo ganha, cresce com qualidade de ensino, e gera benefício para cada estudante.”

    De acordo com ele, o modelo de “escola segregada” fracassou, já que os alunos tinham características muito semelhantes, com poucos colegas, e “raramente conquistaram autonomia.”

    Ao mesmo tempo, ele destaca que o desafio não é trivial: “A escola comum precisa rever projeto pedagógico, estrutura, uma série de mudanças que precisam ser consideradas para que o modelo ocorra bem.”

    Embora haja avanços, o especialista lembra que ainda há “enorme lacuna” no que diz respeito à qualificação de professores.

    “70% dos professores questionados sobre prioridades manifestam que precisa de mais repertório para desempenhar um bom trabalho e isso é papel de política pública, a começar pelo MEC, que tem que ser maestro”, completou.

    *Com produção de Isabel Campos

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