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    Temperatura mundial pode subir quase 3°C sem ações agressivas, diz estudo da ONU

    Se esse nível de aquecimento ocorrer, cientistas preveem que o mundo pode ultrapassar vários pontos catastróficos sem volta, com o derretimento dos lençóis de gelo e a seca da Floresta Amazônica

    Emissões precisam cair 42% até 2030 para manter o aquecimento dentro do 1,5 grau estipulado em acordo
    Emissões precisam cair 42% até 2030 para manter o aquecimento dentro do 1,5 grau estipulado em acordo 19/01/2023REUTERS/Yves Herman

    Por Gloria Dickie, da Reuters

    Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) publicado nesta segunda-feira (20) revela que, sem ações climáticas consideradas radicais, o Planeta Terra poderá ficar quase 3ºC mais quente ainda neste século.

    O estudo anual sobre a Lacuna de Emissões, que avalia os compromissos das nações no combate às mudanças climáticas comparados com a necessidade do planeta, descobriu que o mundo terá entre 2,5 e 2,9ºC de aquecimento acima do período pré-industrial se os governos não acelerarem as ações em relação ao clima.

    Vídeo: Altas temperaturas têm influência de ação humana

    Se houver aquecimento de 3 graus, cientistas preveem que o mundo pode ultrapassar vários pontos catastróficos sem volta, com o derretimento dos lençóis de gelo e a seca da Floresta Amazônica.

    “As tendências atuais estão levando nosso planeta a um aumento de temperatura de 3°C”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres. “A Lacuna de Emissões está mais como um desfiladeiro de emissões.”

    Os líderes mundiais se reunirão em breve em Dubai para o encontro anual de clima da ONU, a COP28, com o objetivo de manter viva a meta estabelecida no Acordo de Paris, de aumento de 1,5ºC.

    Mas o novo relatório da ONU traz poucas boas notícias. As emissões precisam cair 42% até 2030 para manter o aquecimento dentro do 1,5 grau estipulado no acordo. Mesmo no cenário mais otimista, a chance de atingir o objetivo é de apenas 14%.

    As emissões de gás causadores do efeito estufa subiram 1,2% entre 2021 e 2022, para um recorde equivalente a 57,4 gigatoneladas de dióxido de carbono.