Temos que seguir exemplos de sucesso na volta às aulas, diz associação
O anúncio da data foi feito nesta quinta-feira (17) pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB)
O diretor-executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), Solon Caldas, classificou como acertada a decisão da retomada das aulas nas universidades na cidade de São Paulo a partir de 7 de outubro, mas defendeu o mesmo para todos os outros setores da educação.
“Decisão acertada na medida em que vários setores da economia já retornaram suas atividades, e a educação foi ficando em último plano”, avaliou ele, que defendeu o retorno gradual com base em locais que tiveram sucesso na retomada.
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“Nós temos exemplos de outras cidades que já retomaram suas atividades presenciais já há algum tempo e sem registro de infecção da Covid-19 por conta das salas de aulas”, relatou.
“Já temos esse precedente de sucesso e precisamos, realmente, retomar aos poucos as atividades presenciais, não só nas universidades, mas também em toda a educação do nosso país”, considerou.
Caldas ressaltou que, apesar da definição da data, o ensino remoto deve continuar em alguns casos, já que está permitido até o final do ano por conta de decreto assinado durante a pandemia.
“Alguns devem voltar ao presencial, seguindo todos os procedimentos de segurança, enquanto outros vão continuar tendo essas aulas remotas até que tudo isso seja minimizado e possamos retomar 100% das atividades na educação”, disse.
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O anúncio da data foi feito nesta quinta-feira (17) pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), e antecipado pela CNN.
Covas se reuniu na manhã desta quinta com sua equipe para tratar do tema. Em entrevista coletiva, afirmou que a decisão de retomar as aulas no ensino superior foi tomada após análise das mais recentes fases do inquérito sorológico conduzido pelo município entre adultos e crianças.
“Várias atividades foram retomadas aqui na cidade. Temos um protocolo feito pelo governo do estado de São Paulo para retomada das aulas do ensino superior, respeitando, claro, a autonomia de cada universidade, respeitada a proporção e a quantidade de alunos e o distanciamento social”, disse o prefeito.
“Não tem mais sentido, com os dados que nós temos, continuar a proibir o ensino superior na cidade de São Paulo”, completou.
Sobre a liberação das atividades extracurriculares, o prefeito comparou a medida à autorização, já em vigor, para cursos não regulares em escolas de inglês, de matemática e de idiomas estrangeiros.
“Estamos liberando as atividades extracurriculares respeitado também o protocolo já elaborado pelo governo do estado de São Paulo. É uma forma de a gente ir modulando, ir verificando como isso se dá na cidade de São Paulo para que a gente não tenha que retroceder”, disse Covas.
Ele disse que a cidade continuará a realizar os inquéritos sorológicos tanto em adultos quanto em crianças para avaliar se manterá a mesma linha de atuação ou se será necessária outra posição a partir de novembro.