Temos que combater o bullying e a homofobia, diz Tarcísio após novo ataque em escola de SP
Segundo o governador de São Paulo, 165 tentativas ou suspeitas de ataques em escolas foram frustradas desde março
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), destacou a importância de medidas como “desenvolver nos alunos a capacidade de enfrentar situações do dia a dia, combater o bullying e combater a homofobia” após o ataque a tiros na Escola Estadual Sapopemba, na zona leste da capital paulista, na manhã desta segunda-feira (23).
Uma adolescente de 17 anos morreu e outros três alunos ficaram feridos. Segundo Tarcísio, os feridos não correm risco de vida.
O governador destacou que sua gestão tomou medidas adicionais para combater e evitar os ataques em escolas desde que um aluno matou uma professora e deixou quatro feridos na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste de São Paulo, em março.
“É o momento de fazer uma profunda reflexão sobre a efetividade daquilo que colocamos em prática”, disse Tarcísio. “Depois de uma situação dessas chegamos a conclusão de que não estamos sendo capazes, ainda não chegamos no que é o ideal.”
Na Escola Estadual Sapopemba, segundo Tarcísio, havia ronda escolar ativa, psicologo presente na escola, fazendo atendimentos e participando de atividades escolares, e treinamento contra agressão ativa na escola. “E ainda assim não foi suficiente”, falou o governador.
Ele destacou que, desde março, 165 tentativas ou suspeitas de ataques em escolas foram frustradas. Em algumas situações, o governo recorreu ao Judiciário para decisões de busca e apreensão e chegou a apreender armamentos.
“Por mais que você evite uma série de ocorrências, quando falha em uma fica a dor, esse sentimento. Não podemos deixar que esse tipo de coisa aconteça. A escola tem que ser um local seguro, de convivência”, acrescentou, destacando que a Secretaria de Educação e de Segurança Pública do estado se reunirão para avaliar novas medidas.
“Além do sentimento de tristeza, fica um sentimento de frustração. A gente se sente frustrado, incapaz e impotente para lidar com esse tipo de situação”, falou Tarcísio.