Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Temendo ‘repique’ de casos de Covid-19 após Carnaval, RJ manterá leitos ativos

    Apesar da proibição, aglomerações preocupam Secretaria da SaúdeTemendo 'repique' de casos de Covid-19 após Carnaval, RJ manterá leitos ativos

    Operação interrompeu baile e interditou bar no Jockey Club do Rio de Janeiro
    Operação interrompeu baile e interditou bar no Jockey Club do Rio de Janeiro Foto: Secretaria de Ordem Pública do Rio de Janeiro/Divulgação

    Lucas Janone, Cleber Rodrigues e Paula Martini, da CNN, no Rio de Janeiro

    Mesmo registrando tendência de queda no número de contágios por Covid-19, o governo estadual do RJ decidiu manter ativo todos os leitos destinados ao tratamento do coronavírus no estado fluminense durante o período do Carnaval. A medida tem como principal objetivo evitar um colapso na rede pública de saúde, como foi visto em Manaus, Amazonas, em janeiro. 

    Atualmente, a taxa de ocupação nas Unidades de terapia intensiva (UTI) é de 59%. Já os leitos de enfermaria registraram ocupação de 43%.

    De acordo com o secretário estadual de saúde do RJ, Carlos Alberto Chaves, a manutenção dos leitos visa conter um possível novo “repique” de contaminações e, consequentemente, um aumento exponencial na transmissão do coronavírus durante o período de Carnaval. A declaração foi dada durante uma entrevista na CNN Rádio nesta segunda-feira (15). 

    “Eu não cortei e não vou mexer em nenhum leito de Covid-19. Eu tenho que esperar os próximos 15 dias [época de Carnaval] para tomar medidas junto com a Vigilância Sanitária”, afirmou Carlos Aberto Chaves. 

     

    Desde o início do carnaval, a CNN vem flagrando festas e aglomerações no Rio de Janeiro. Mais da metade (58%) dos estabelecimentos fiscalizados pela prefeitura da cidade foram multados desde o início das datas festivas. 

    Em pouco mais de 48 horas, já foram feitas 43 inspeções sanitárias. Até o momento, a agentes da prefeitura multaram 24 estabelecimentos e interditaram 14 por causa de aglomerações. Sete equipamentos de som também foram apreendidos.

    Apesar das recomendações contra as aglomerações e dos decretos impedindo a realização de festas de carnaval e blocos de rua, muita gente ignorou o risco de transmissão da Covid-19 no Rio de Janeiro. 

    Segundo a prefeitura, desde sexta-feira (12) foram feitas 55 inspeções sanitárias, com 40 autos de infração e 22 interdições. Uma delas foi no Jockey Club, onde aconteceria um baile de carnaval para mais de 200 pessoas. No bairro da Lapa, no centro, PM e agentes da prefeitura dispersaram centenas de foliões em um bloco na Rua Mem de Sá.

    Durante a manhã e o início da tarde desta segunda-feira (15) a reportagem da CNN flagrou ao menos 15 embarcações no entorno da Praia Vermelha, no bairro da Urca, um dos cartões postais do Rio — e um dos lugares mais visitados por turistas na capital fluminense. Algumas das embarcações tinham aglomeração de pessoas e som alto.

     

    No domingo (14), a Guarda Marítima Municipal fiscalizou 40 barcos de grande e médio porte. Seis embarcações estavam prontas para sair da Marina da Glória, na Zona Sul do Rio, mas foram impedidos por não possuírem alvará para transporte de passageiros com remuneração ou por atividade turística — 42 passeios com festas foram cancelados, entre eles até uma festa de 15 anos. 

    Os organizadores foram notificados por realizar eventos com aglomeração, segundo a prefeitura do Rio. Os agentes abordaram passageiros e condutores para orientá-los sobre o decreto que estabelece normas para o uso de áreas públicas e para o exercício de atividades econômicas.

    No sábado (13), a câmera aérea dos estúdios da CNN registrou imagens de duas embarcações carregadas de pessoas partindo da Marina da Glória para o alto mar. Imagens registraram filas e aglomerações de pessoas com roupas de banho para entrar em uma escuna. Parte das pessoas estava fantasiada e, em uma das embarcações, a CNN contou pelo menos 50 ocupantes no barco.

    A Guarda Municipal informou que a fiscalização no mar vai continuar sendo feita por agentes  do Subgrupamento de Operações em conjunto com a Capitania dos Portos.