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    TCU pede informações à Fiocruz sobre atraso no envio de IFA

    Não há previsão de chegada de insumo; cronograma anterior previa quatro remessas neste mês 

    Leandro Resende e Beatriz Puente, da CNN, no Rio de Janeiro

    O Tribunal de Contas da União (TCU) encaminhou uma série de questões à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre a previsão de recebimento de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) para a produção das vacinas de Oxford/AstraZeneca. O TCU pediu que os pontos listados no documento de quatro páginas sejam entregues até a próxima segunda-feira (17). 

    A fundação espera receber mais quatro remessas de IFA ainda neste mês e outra em junho. Assim, garante a produção de vacinas até o mês de julho. Em outubro está prevista a entrega das vacinas 100% nacionais, com a matéria-prima feita no Brasil. Para evitar suspensão de entrega de doses entre agosto e setembro, a Fiocruz trabalha em alternativas. 

    As principais solicitações feitas pelo TCU são acerca do IFA necessário para a produção de vacinas. O TCU quer ter acesso ao cronograma de recebimento do IFA, o atual estoque do insumo e informar sobre a possibilidade de atraso desses lotes,

    O TCU também questionou a Fiocruz sobre a tecnologia para a produção do IFA no Brasil. A instituição havia informado que a vacina produzida integralmente no país está prevista para o quarto trimestre de 2021. O tribunal pediu um prazo mais preciso e perguntou se o contrato de transferência de tecnologia já foi assinado.

    O último cronograma divulgado pelo Ministério da Saúde prevê entrega das mais de 8 milhões de doses do Serum Institute of India no terceiro trimestre de 2021. A Fiocruz foi perguntada sobre uma previsão mais exata para a chegada dos imunizantes e se há um esforço para antecipar esse cronograma.

    A situação da pesquisa sobre a eficácia da vacina de Oxford contra as novas cepas do vírus foi outro ponto destacado no documento encaminhado pelo TCU. No ofício, é solicitado informações sobre o andamento dos estudos e se já é possível concluir se terá necessidade de aplicar uma dose extra para garantir a imunidade às variantes.

    Em nota à CNN, a Fiocruz confirmou o recebimento do ofício enviado pelo Tribunal de Contas da União e afirmou que a instituição vem prestando esclarecimentos a diversos setores da sociedade e órgãos de controle. A instituição também disse que irá responder todos os questionamentos feitos pelo TCU dentro do prazo estabelecido.