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    Tarcísio sobre greve em SP: Temos uma confusão de sindicatos com partidos políticos

    Quatro linhas do Metrô e 5 linhas da CPTM são atingidas pela greve; líder sindicalista acusa governador de não investir no transporte metropolitano

    Flávio Ismerimda CNN , São Paulo

    O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), relacionou a greve do Metrô de São Paulo e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) que acontece nesta terça-feira (3) a uma “confusão de sindicatos com partidos políticos”.

    Funcionários do Metrô, da CPTM e da Sabesp estão paralisados em protesto contra as concessões, terceirizações e privatizações propostas pelo governo estadual.

    “Infelizmente, hoje a gente tem uma confusão de sindicatos com partidos políticos. Partidos que mostram que não têm a menos disposição para dialogar e que estão pleiteando eleição municipal. O que será de uma cidade governada por uma pessoa que não quer dialogar com o governo? O enfrentamento de mazelas importantes demanda diálogo”, declarou Tarcísio durante coletiva de imprensa.

    A fala do governador faz referência ao fato de que Camila Lisboa, presidenta do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, é filiada ao PSOL, partido do deputado federal Guilherme Boulos, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo apoiado pelo PT. Tarcísio, por sua vez, estará no palanque do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tentará a reeleição.

    Em publicação feita no X, anteriormente conhecido como Twitter, Camila rebateu Tarcísio e acusou o governador de não investir no metrô estatal e atender aos interesses de quem quer lucrar com o transporte público do estado.

    Metrô e CPTM sem perspectiva de retorno

    Os presidentes do Metrô-SP e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) afirmaram, na manhã desta terça-feira (3), que ainda não há qualquer perspectiva de retomada dos serviços paralisados pela greve.

    Conforme disse Pedro Moro, presidente da CPTM, durante coletiva de imprensa convocada nesta terça-feira pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), as linhas de trem que não funcionam ou funcionam parcialmente nesta terça não devem voltar a funcionar por falta de pessoal.

    “Não há nenhuma perspectiva de outras linhas voltarem a funcionar por falta de contingente para isso”, declarou.

    Já o presidente do Metrô, Julio Castiglioni, afirmou que as 4 linhas paralisadas não devem voltar a funcionar normalmente, pelo menos, até 14h desta terça.

    “As linhas 1, 2, 3 e 15 estão sem previsão de funcionamento até as 14h. Também não há um bom prognóstico após este período.”

    Veja, a seguir, quais linhas estão em funcionamento e quais estão paralisadas.

    Linhas em funcionamento:

    • Linha 4–Amarela (metrô/ViaQuatro): de Vila Sônia até Luz
    • Linha 5–Lilás (metrô/ViaMobilidade): de Capão Redondo até Chácara Klabin
    • Linha 8–Diamante (trem/ViaMobilidade): de Itapevi até Júlio Prestes
    • Linha 7–Rubi (CPTM): de Luz até Caieiras (Operação Parcial)
    • Linha 9–Esmeralda (trem/ViaMobilidade): de Osasco até Bruno Covas/Mendes–Vila Natal
    • Linha 11–Coral (CPTM): de Luz até Guaianases (Operação Parcial)

    Linhas paralisadas:

    • Linha 1–Azul (Metrô)
    • Linha 2–Verde (Metrô)
    • Linha 3–Vermelha (Metrô)
    • Linha 15–Prata (Metrô)
    • Linha 10–Turquesa (CPTM)
    • Linha 12–Safira (CPTM)
    • Linha 13–Jade (CPTM)

    O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região determinou a manutenção dos serviços de transporte em 100% nos horários de pico e 80% nos demais períodos. No entanto, a paralisação está sendo mantida.

    Por causa da greve, o rodízio de veículos foi suspenso pela Prefeitura de São Paulo, que ainda determinou toda a frota de ônibus esteja rodando durante todo o dia, e ampliou o itinerário ou reforçou as frotas de algumas linhas municipais de ônibus.

    Veja também: Decisão da Justiça que proíbe greve no Metrô de São Paulo chama movimento de “político”

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