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    Tarcísio nega excesso da polícia e diz que operação após morte de PM da Rota deixou 8 mortos

    Governador de SP disse que a polícia quer evitar o confronto de toda forma, mas não vai tolerar agressão e ameaça

    Marina Toledoda CNN , em São Paulo

    O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse, nesta segunda-feira (31), que a operação Escudo, realizada no fim de semana em Guarujá, deixou oito mortos. Ela começou após o policial militar Patrick Bastos Reis, de 30 anos, membro das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), ser morto.

    “Foram oito óbitos nesse fim de semana. A polícia quer evitar o confronto de toda forma, mas a partir do momento que ela é hostilizada, infelizmente há um confronto. (…) A polícia reage e ela vai reagir para repelir a ameaça”, declarou.

    “Não houve hostilidade, não houve excesso. Houve uma atuação profissional, que resultou em prisões. E nós vamos continuar com a operação”, afirmou.

    Segundo o secretário da Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, quatro mortos foram identificados enquanto os demais ainda estão no processo.

    O Ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Aparecido da Silva, no entanto, havia falado sobre 10 mortes desde sexta-feira (28).

    Segundo ele, esse é o número confirmado pela Ouvidora com base nos boletins de ocorrência. Outras duas mortes teriam ocorrido, segundo denúncia de moradores, mas ainda não há registro dessas ocorrências.

    Durante a coletiva, Derrite voltou a afirmar que foram oito mortes e que a informação da Ouvidoria “não procede”.

    “Ouvi declarações que a própria Ouvidoria quer apurar 10 mortes. Não são 10 mortes. São oito confrontos com oito mortes. Não sei de onde está vindo essa informação [de 10 mortes]”, disse.

    Tarcísio também disse que houve 10 prisões: “Aqueles que resolveram se entregar à polícia foram presos, foram apresentados à Justiça”. Entre elas, a do autor do disparo, capturado na noite de domingo (31).

    O caso

    Patrick Bastos Reis morreu na quinta-feira (27) durante uma operação na Baixada Santista, depois de ser atingido por um tiro à longa distância.

    De acordo com a inteligência da polícia, o disparo que matou o soldado Reis foi feito a uma distância entre 50 e 70 metros, do alto de uma comunidade em Guarujá. Os soldados foram atacados quando faziam o patrulhamento na Vila Zilda.

    A morte desencadeou uma grande operação policial no litoral nos últimos dias, depois de ter causado comoção entre os policiais. Participaram da ação 600 agentes de equipes especializadas das polícias Civil e Militar do litoral de São Paulo.

    Veja também – Tarcísio sanciona aumento a policiais civis e militares

    (Com informações de Carolina Figueiredo, da CNN, e Estadão Conteúdo)

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