Suspeitos são presos após intimidações a moradores em MG
A permanência na residência só era permitida mediante pagamento de R$ 8 mil
Três homens foram presos em flagrante e um adolescente foi apreendido em uma ação conjunta da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e a Polícia Militar (PMMG), na quarta-feira (30), Mateus Leme, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Eles foram presos durante uma operação para apurar supostas intimidações feitas por criminosos a moradores da região.
Os policiais tiveram conhecimento de que quatro indivíduos em uma caminhonete estavam circulando pelos bairros e ameaçando moradores, exigindo que abandonassem seus imóveis ou pagassem o valor de R$ 8 mil para que pudessem continuar residindo no local.
Segundo os policiais, o grupo também utilizava ferramentas para cortar cercas que protegiam lotes, inclusive teriam demolido alguns imóveis por ausência de pagamento.
As investigações apontaram, ainda, que um dos homens se apresentava como policial e portava uma arma de fogo, utilizada para fazer as ameaças.
Prisões
As prisões ocorreram quando policiais se deslocaram até a cidade de Mateus Leme para apurar as denúncias. Quando chegaram, presenciaram uma caminhonete em fuga de uma perseguição da PMMG. Os agentes, então, entraram em ação auxiliando no cerco e realizando a abordagem.
Um dos suspeitos que era um policial militar de folga, estava com uma pistola .40. Também foram apreendidas várias ferramentas, como marreta, foices, boca de lobo ou tatu, alicate/tesourão, utilizados para cortar cercas, implantar placas e demolir construções.
Os três homens foram autuados pelos crimes de dano, furto qualificado, esbulho possessório e corrupção de menor.
Dois deles foram encaminhados ao sistema prisional, e o policial militar escoltado para um batalhão da PMMG.
Já o adolescente, foi enquadrado em ato infracional e entregue aos representantes legais mediante termo de compromisso e responsabilidade.
As investigações prosseguem, segundo a polícia, “para apurar suposta prática do crime de organização criminosa, uma vez que há elementos indicativos de uma estrutura ordenada na divisão de tarefas, com vistas a obter vantagens ilícitas mediante extorsão.”