Suspeitos de organizar rinhas de galo e ameaçar deputada do Amazonas são presos
Deputada ameaçada preside Comissão de Proteção aos Animais da Assembleia do Amazonas
As polícias civis do Amazonas, de Roraima, de Minas Gerais e da Paraíba prenderam, nesta quinta-feira (2), quatro homens suspeitos de promoção de rinhas de galo em Manaus e em outras cidades pelo país.
“Esses infratores organizavam rinhas de galo com o intuito de angariar vultosas quantidades de dinheiro para depois levarem esse capital”, afirmou o delegado-geral Bruno Fraga, em entrevista coletiva nesta quinta.
Os presos foram identificados como:
- Dionedio Conrado da Silva, de 39 anos;
- Jeberson Nunes de Sousa Carvalho, de 38;
- Miller Kalil Lana Sirio, 44;
- e Petrus Cartaxo Araújo Sobrinho, o “Pisca”, de 31.
Dionedio atuava como árbitro de rinhas, enquanto Pisca, dono de “diversos galos”, financiava eventos “no Brasil inteiro”, sendo sócio de Miller Kalil e Jeberson em empreitadas, afirmou a delegada Juliana Viga.
O grupo, segundo a polícia, organizava apostas online e vendia rifas valendo galos, e divulgava as rinhas abertamente pelas redes sociais. Os quatro já vinham sendo investigados por ameaças de morte sofridas pela deputada estadual Joana Darc (União).
Joana Darc é presidente da Comissão de Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam). O grupo vai responder na Justiça por ameaça, injúria, calúnia, perseguição e violência psicológica contra a mulher devido às ameaças.
A comissão presidida pela deputada Joana Darc é fiel depositária de mais de 80 galos vivos resgatados em uma operação contra rinheiros deflagrada meses antes no Amazonas, em janeiro deste ano.
“Essas pessoas envolvidas em rinhas de galo são pessoas que acham que as coisas não vão dar em nada. E, pela primeira vez, e de forma exemplar, conseguimos ir na contramão de tudo isso”, celebrou a deputada em stories em seu perfil no Instagram.
Segundo a delegada Juliana Viga, que atua na Dema, a delegacia especializada em crimes ambientais no Amazonas, o grupo “chegou a criar um grupo em um aplicativo de mensagens para promover o resgate do galo mais valioso, o ‘Rampage’”.
Dionedio foi preso em Manaus, Jeberson, em Boa Vista, Miller Kalil, em Governador Valadares (MG), e Petrus, em João Pessoa. “Eles passarão por audiência de custódia e ficarão à disposição do Poder Judiciário”, afirmou a Polícia Civil do Amazonas em nota.
Segundo a polícia amazonense, os quatro responderão por maus-tratos a animais com resultado morte, associação criminosa, exploração de jogos de azar, incitação e apologia ao crime ameaça, injúria, calúnia, perseguição e violência psicológica contra a mulher.
A CNN tenta localizar a defesa dos envolvidos. O espaço para resposta está aberto.