Suspeita de agredir funcionária, embaixadora das Filipinas terá de sair do país
Marichu Mauro, que não quis comentar o caso, foi convocada a retornar ao país de origem
Na mira do Ministério Público do Trabalho (MPT), acusada de agressão por uma funcionária, a embaixadora das Filipinas no Brasil, Marichu Mauro, foi convocada pelo governo filipino nesta segunda-feira (26) a “retornar imediatamente para casa”.
A declaração, publicada em inglês no site do Departamento de Assuntos Exteriores Filipino (DFA), afirma que o motivo do retorno da embaixadora é a “revelação de vídeos” que mostram Marichu Mauro “maltratando” funcionária da equipe doméstica da embaixada.
A CNN apurou que um inquérito para investigar as agressões foi aberto na justiça do Trabalho recentemente. A procuradora do MPT no Distrito Federal, Carolina Mercante, é quem conduz as investigações. O caso está sendo apurado sob sigilo.Marichu Mauro não quis dar declarações à CNN.
Procurada, a Embaixada das Filipinas informou apenas que “a Embaixadora não deseja comentar este assunto.
“A funcionária da embaixada deixou Brasília na última quarta-feira (21) e, ainda de acordo com a nota do DFA, já está de volta às Filipinas. “O DFA está entrando em contato com ela para garantir seu bem-estar e cooperação na investigação”, diz o órgão filipino.
O governo das Filipinas também promete investigar o caso: “O DFA garante ao público que uma investigação completa será conduzida”, finaliza a nota do DFA.
Os vídeos citados pelo governo filipino foram revelados no programa “Fantástico”, da TV Globo, e mostram a funcionária levando tapas na cara e empurrões de Marichu Mauro.
Itamaraty
O Ministério das Relações Exteriores afirmou que tomou conhecimento da convocação da diplomata. “O Itamaraty não havia ainda sido notificado pelo Ministério Público do Trabalho sobre a queixa levada àquele órgão contra a Embaixadora das Filipinas, e, em coordenação com as demais autoridades brasileiras competentes, prestará todo o apoio ao andamento da investigação, em conformidade com a Convenção de Viena”, afirma a pasta.
(*colaboraram Bruno Silva e Gabrielle Varela)