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    Subprocuradora tenta obter dados da Lava Jato e gera crise com força-tarefa

    Lindora Araújo é braço direito de Augusto Aras; ela é o foco do documento assinado por toda força-tarefa de Curitiba

    Daniel AdjutoDaniela Limada CNN

    A CNN teve acesso nesta sexta-feira (26) a um documento, assinado por toda a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, que critica o que chama de “tentativa indevida, ilegal e constrangedora” da subprocuradora-geral da República, Lindora Araújo, de obter dados sigilosos das investigações. 

    Lindora é braço-direito de Augusto Aras, chefe da PGR (Procuradoria-Geral da República). 

    O texto reclama de uma visita que ela teria feito na última quarta-feira (24) ao Paraná, durante a qual teria pedido para copiar as bases de dados da investigação. 

    “Entende-se que a prerrogativa de ter acesso a informações sigilosas conduzidas por outro integrante do Ministério Público demanda justificativa legal e fática, seja para resguardar sigilo imposto por decisão ministerial ou jurisdicional, sempre orientadas no interesse público, seja para preservação da intimidade dos investigados, seja para assegurar eficiência dos atos de investigação”, escreveram.

    Os integrantes procuraram a Corregedoria do MPF (Ministério Público Federal), que disse que não havia procedimento que justificasse o pedido.

    Lindora foi escolhida para comandar as investigações no grupo principal da Lava Jato dentro da PGR — ela supervisiona as investigações da operação relacionadas a pessoas com foro privilegiado.

    Em nota, a PGR disse que a visita feita pela subprocuradora foi agendada e faz parte do intercâmbio de informações entre a entidade e as forças-tarefas nos estados.

    O órgão negou que houve inspeção, e sim uma “visita de trabalho que visava a obtenção de informações globais sobre o atual estágio das investigações e o acervo da força-tarefa, para solucionar eventuais passivos”. 

    “Não se buscou compartilhamento informal de dados, como aventado nas notícias da imprensa, mas compartilhamento formal com acompanhamento de um funcionário da Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise (Sppea), órgão vinculado à PGR, conforme ajustado previamente com a equipe da força-tarefa em Curitiba”, escreveu. 

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