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    STF muda fórmula de distribuição do salário-educação nos estados

    Contribuição se destina ao financiamento de programas, projetos e ações voltados para educação básica pública

    Gabriel Hirabahasida CNN , em Brasília

    O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu, nesta quarta-feira (15), que os repasses do chamado salário-educação devem obedecer como único critério o número de alunos matriculados nos estados.

    O salário-educação é uma contribuição social destinada ao financiamento de programas, projetos e ações voltados para a educação básica pública, conforme previsto na Constituição Federal.

    Por 7 votos a 4, os ministros derrubaram um segundo critério a origem da fonte de arrecadação. Com isso, estados com maior arrecadação, como São Paulo, eram privilegiados.

    A ação foi proposta pelos governadores dos estados do Nordeste, que afirmavam que esse segundo critério seria inconstitucional.

    Prevaleceu o entendimento do ministro Edson Fachin, relator do caso, que votou a favor da ação. Os ministros Marco Aurélio Mello (que já está aposentado, mas já havia votado), Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Nunes Marques acompanharam o relator.

    No início do julgamento, em 2018, Fachin defendeu que a distribuição vigente trata-se de uma “perversão”.

    “Estados cujos recursos são maiores conseguem fornecer ensino com qualidade substancialmente maior que estados mais pobres. É uma perversão essa compreensão constitucional“, afirmou.

    Foram vencidos os ministros Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Luiz Fux e Dias Toffoli.

    A decisão do STF representa uma queda nos recursos repassados a estados mais ricos, como São Paulo, que tinham uma arrecadação maior.

    Os efeitos da decisão do Supremo, porém, só serão válidos a partir de 1º de janeiro de 2024. Os ministros entenderam que os estados já contam com orçamentos vigentes e seguiram o mesmo entendimento adotado em outro julgamento (que tratou do caráter essencial dos serviços de energia elétrica e telecomunicações), quando os ministros adiaram os efeitos para 2024 a pedido dos governadores.

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