Chuva deixa 2,1 milhões sem energia em SP; Enel afirma que normalização deve acontecer na terça (7)
Regiões mais afetadas foram as zonas sul e oeste da capital paulista, segundo a concessionária
A Enel informou, neste sábado (4), que 2,1 milhões de clientes ficaram sem energia em São Paulo por conta da chuva da última sexta-feira (3). Desse número, 600 mil já estão com o fornecimento normalizado, segundo a companhia.
Na capital, a energia deve ser 100% reestabelecida somente na terça-feira (7), segundo a empresa. De acordo com a concessionária, o serviço está sendo restabelecido de forma gradual, com prioridade aos casos mais críticos, como serviços essenciais.
Ainda de acordo com a empresa, alguns casos podem levar mais tempo para o reparo da energia devido à complexidade e à necessidade de reconstrução de trechos da rede, com substituição de cabos, postes e transformadores.
“A distribuidora está com uma mobilização total de equipes em várias frentes, como call center e operação, para esse atendimento e aumentou em mais de três vezes o número de profissionais em campo”, informou a empresa.
As regiões mais afetadas foram as zonas sul e oeste da capital paulista.
“A companhia reforçou as equipes em campo, nos canais de atendimento e no centro de controle e está trabalhando de forma ininterrupta para normalizar o fornecimento de energia para todos”, disse a concessionária.
Na Rua Crítios, no Morumbi, na zona sul paulistana, a luz acabou por volta das 16h de sexta. Moradores se queixam da demora no atendimento para a resolução do problema, assim como dificuldade no atendimento.
Na Vila Romana, na zona oeste, também há locais sem energia. Morador da Rua Jaricunas, Sérgio Luís Petrasso também cobra estimativa para a energia ser restabelecida.
De acordo com ele, os telefones da concessionária não estão funcionado nem o serviço de SMS e atendimento por WhatsApp. “A energia nos arredores foi reestabelecida, mas a Rua Jaricunas continua sem luz”, afirma ele.
Seis mortes
O temporal que atingiu a Grande São Paulo deixou ao menos seis mortos, de acordo com a Defesa Civil. Mais de 24 horas após as chuvas, alguns bairros da capital paulista continuam sem energia.
Segundo balanço parcial da Defesa Civil, uma das mortes ocorreu no interior do estado, na região de Limeira, após o desabamento de um muro.
Em Osasco, um jovem de 21 anos morreu após um muro desabar na Avenida Luis Rink. A queda de uma árvore atingiu o veículo onde a vítima estava. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas ele não resistiu.
O terceiro óbito aconteceu na região do Grande ABC, em Santo André, devido à queda da parede do 18º andar de um prédio em construção.
Ainda de acordo com a Defesa Civil, outras quedas de árvores causaram uma morte em Suzano, e duas mortes na Zona Leste de São Paulo, onde duas pessoas morreram num veículo.
As rajadas de vento chegaram a 151km/h na região de Santos, no litoral sul paulista. Ao todo, foram registradas 120 quedas de árvores na capital paulista e na região metropolitana.
INEP monitora situação para o Enem
Em nota, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disse que está monitorando os eventos meteorológicos no Brasil, inclusive os impactos causados em São Paulo.
“As coordenações estaduais, municipais e de locais de prova contratadas pelo Cebraspe, instituição responsável pela aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, estão mobilizadas para tomar as providências necessárias a fim de garantir a aplicação neste domingo, 5 de novembro”, disse o instituto, em nota.
O Inep ressalta que o edital do Enem prevê a reaplicação das provas para participantes que tenham algum problema logístico causado por desastres naturais na aplicação regular.
Falta de energia prejudica abastecimento na Grande SP
A falta de energia em algumas regiões de São Paulo, devido às fortes chuvas de sexta-feira (3), prejudicou o abastecimento de água em alguns bairros da capital e na Grande São Paulo, informou a Sabesp – concessionária responsável pelos serviços públicos de saneamento básico em São Paulo – em nota.
Segundo a empresa, houve paralisação em instalações e estações elevatórias, afetando o nível dos reservatórios e, consequentemente, o atendimento nos municípios de Itapecerica da Serra, Mauá, Cotia, Santo André, Diadema, Osasco, Barueri, Guarulhos, Taboão da Serra, Itaquaquecetuba, Biritiba Mirim e Suzano.
Na capital paulista, a falta d’água prejudica os bairros de Americanópolis, São Mateus, Itaquera, Vila Mariana,Vila Clara, Santa Etelvina, Guaianases, Cidade Tiradentes, Vila Mascote, Vila Santa Catarina, Vila Joaniza, Campo Grande, Jardim Promissão, Pedreira, Cidade Ademar, Chácara Flora, Morumbi e Capão Redondo.
A Sabesp informou, ainda, que realiza operações, com o uso de caminhões-tanque, para amenizar a situação e atender os pontos mais críticos.
Publicado por Amanda Sampaio, da CNN. Com informações do Estadão Conteúdo.