SP contrata 1 mil psicólogos para volta às aulas nas escolas do estado
Profissionais devem atender mais de 3,5 milhões de alunos e 250 mil professores e servidores a partir de novembro
O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (2) o programa “Psicólogos da Educação”, por meio do qual foram contratados 1 mil profissionais para atuarem na rede estadual de ensino.
“Uma licitação foi feita pela secretaria da Educação para a contratação desses psicólogos, que atenderão 3,5 milhões de estudantes e 250 mil professores e servidores no estado de São Paulo”, disse o governador João Doria (PSDB) em coletiva no Palácio dos Bandeirantes.
As aulas no estado podem retornar a partir do dia 8 de setembro, mas os psicólogos só começarão os atendimentos em novembro.
“Já a partir de novembro, esses psicólogos trabalharão na rede pública de ensino. Os atendimentos serão feitos inicialmente por videoconferência, como determina recomendação do Centro de Contingência da Covid-19”, completou o governador.
Leia também:
Secretário de Educação de SP explica como se dará a volta às aulas no estado
Cidade de São Paulo vive indefinição sobre volta às aulas
Do transporte ao intervalo: governo de SP define diretrizes para volta às aulas
Doria disse ainda que o suporte de psicólogos era uma demanda histórica, mas se tornou ainda mais necessária diante da pandemia do novo coronavírus.
“Finalizo lembrando que pesquisas demonstram que 75% dos alunos e 50% do professores tiveram alterações emocionais causadas pela pandemia.”
Ao detalhar o programa, o secretário da Educação de SP, Rossieli Soares, afirmou que desde o período anterior à pandemia a ansiedade era um dos fatores que mais afetava os educadores – 28% deles afirmava sofrer ou já ter sofrido depressão.
“Então precisamos, cada vez mais, olhar para política de apoio à saúde mental não só durante a pandemia, mas também pós-pandemia. Estamos falando de uma política que vem para ficar”, disse Soares.
O secretário afirmou que entre as funções que os psicólogos poderão desenvolver estão o auxílio na formação e orientação a profissionais e alunos.
“Apoiar a resolução de conflitos, a própria promoção da justiça restaurativa, tão importante no contexto da escola, ajudar a orientar nossos profissionais sobre sinais de traumas, abusos, ansiedade, depressão, bullying e como que nós trabalhamos com isso.”