SP ampliará para 8 horas funcionamento de estabelecimentos comerciais
Medida anunciada pelo vice-governador Rodrigo Garcia (DEM) entrará em vigor na sexta-feira (21) nas regiões que estejam na fase amarela do Plano SP
O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (19) a ampliação de 6 horas para 8 horas o horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais e de serviços nas regiões que estiverem na fase amarela (3) do Plano SP.
A medida entrará em vigor na sexta-feira (21) após publicação de decreto, informou o vice-governador Rodrigo Garcia (DEM) em entrevista na Palácio dos Bandeirantes.
“A partir de sexta, shoppings, restaurantes, comércio de rua, escritórios e outras atividades comerciais poderão ampliar de 6 para 8 horas o seu horário de funcionamento”, disse Garcia.
“Os empresários poderão escolher se adotam jornada continua ou fracionada durante o dia, respeitado o limite das 8 horas. Esta medida foi aprovada pelo Centro de Contingência para Covid-19 de São Paulo”, completou o vice-governador.
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Garcia disse ainda que, apesar do decreto do governo estadual, os prefeitos terão autonomia para decidir se aplicarão ou não a medida em seus municípios e em que momento ela passará a valer nas suas cidades.
Ao detalhar a mudança, o secretário da Habitação de SP, Flavio Amary, afirmou que tanto a ampliação quanto a possibilidade de fracionar o horário de funcionamento eram pleitos de vários setores da economia para “diluir um pouco mais as ocupações”.
Ele detalhou que os setores beneficiados pela medida incluem shopping centers e galerias, comércio, serviços, consumo local, salões de beleza e barbearia, academias e centros de ginástica, eventos, convenções e atividades culturais.
Já José Medina, coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 em SP afirmou que futuras expansões no horário de funcionamento dos estabelecimentos só entrarão em vigor na próxima fase do Plano SP, a verde.
“E a fase verde depende da melhora dos indicadores e da dedicação de todos aos protocolos de cuidados”, afirmou.
Ele disse ainda que com base nos dados desta quarta-feira ainda não é possível dizer se alguma região do estado conseguirá avançar para a fase verde na atualização do Plano SP que será apresentada na sexta-feira (21).
Mudança na fase verde do Plano SP
O governo de São Paulo também atualizou o horário limite de atendimento da Fase Verde (4) do Plano SP, apesar de nenhuma região do estado ter chegado a esse estágio.
Pelas novas regras, os estabelecimentos serão autorizados a atender clientes de forma presencial até 22 horas. Serão mantidas, porém, medidas como a capacidade limitada a 60% dos assentos, a limitação de operação a ambientes arejados, além do uso obrigatório de máscaras.
O Plano São Paulo dividiu o estado em 22 regiões e sub-regiões, reunindo grupos de municípios sujeitos às mesmas regras. As fases de restrições e flexibilizações do funcionamento de serviços, comércios e atividades variadas são divididas em vermelha (1), a mais restrita, laranja (2), amarela (3), verde (4) e azul (5), a mais branda.
Dados da Saúde
Jean Gorinchteyn, secretário da Saúde de SP, apresentou os dados diários de infecções e mortes causadas pelo novo coronavírus no estado.
O estado já contabiliza 721.377 casos, com 27.591 mortes. Foram 9.847 infecções e 276 mortes causadas pela Covid-19 nas últimas 24 horas. A taxa de ocupação nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) está em 57,2% no estado e em 55,2% na Grande SP.
“Lembro que não voltamos ao normal. Aliás, nem ao novo normal, que só é considerado na fase 5 (azul) do Plano SP. Estamos ainda no meio do caminho e temos consciência que para que voltemos temos sim a necessidade de uma vacina”, disse Gorinchteyn.
Sobre os testes da Coronavac, vacina contra Covid-19 desenvolvida pela chinesa Sinovac Biotech e testada no Brasil pelo Instituto Butantan, o secretário da Saúde informo que prosseguem os testes na fase 3 do estudo clínico nos 12 centros envolvidos.
“Vários [voluntários] já receberam a segunda dose da vacina sem que efeitos colaterais impedissem a continuidade do estudo e reforçando ainda mais a segurança da vacina, que já era evidenciada nos estudos clínicos de fase 2”, afirmou Gorinchteyn.
(Com informações de Henrique Andrade e Tainá Falcão, da CNN, em São Paulo)