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    Socorrista voluntário narra momento do resgate do acidente de ônibus em MG

    Segundo o socorrista, ao bater em um platô de muro de arrimo de uma linha férrea, o ônibus fez com que as pessoas fossem projetados para a traseira

    Da CNN, em São Paulo

     

    Na manhã de sábado (5) foi confirmada a morte de mais uma vítima do acidente de ônibus em João Monlevade (MG). Ao todo já são 18 mortos e o motorista ainda não foi localizado. O socorrista voluntário, Renato Carvalho, que estava na equipe de resgate, narrou para a CNN o cenário do momento em que o ônibus de passageiros, vindo de Mata Grande (AL), caiu da ponte.

    “Nós vimos um cenário de pessoas politraumatizadas, múltiplas fraturas, traumatismos cranianos e pessoas esmagadas. Esse ônibus, quando voltou de ré, bateu na mureta e despencou”, relata.

    Segundo o socorrista, ao bater em um platô de muro de arrimo de uma linha férrea, o ônibus fez com que as pessoas fossem projetados para a traseira.

    “Neste momento, alguns passageiros conseguiram pular do ônibus e foram estes os que menos sofreram lesões. Depois, esse ônibus virou e bateu de frente na linha férrea. Ou seja, essas pessoas foram projetadas para a traseira e depois para a dianteira”, explica.

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    Ao despencar, o veículo foi parar no meio de uma linha de trem. Rapidamente esta linha teve que ser paralisada proque havia a preocupação de que uma locomotiva pudesse agravar a situação. Um dos maiores desafios do resgate foi o fato dos socorristas terem que caminhar sobre as linhas férreas até chegar nas ambulâncias.

    Socorrista voluntário em acidente de ônibus (MG)
    Renato Carvalho, socorrista voluntário em acidente de ônibus (MG)
    Foto: Reprodução/CNN

    De acordo com Carvalho, o Serviço Voluntário de Resgate foi acionado pela Polícia Rodoviária Federal por volta das 13h20. Imediatamente, a central disparou o chamado e duas equipes foram enviadas ao local. Além disso, o operador de comunicação do serviço fez um chamado geral para pelo menos cem voluntários. 

    Renato explica que não existe corpo de bombeiros e SAMU em João Monlevade. Por isso, grupos voluntários das cidades vizinhas também foram acionados, incluindo uma médica que foi diretamente para o hospital socorrer as vítimas.