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    Situação em Maceió não deve ser politizada, diz Lira em evento paralelo, na COP28

    Presidente da Câmara defende que imagem da capital alagoana não seja afetada por “irresponsabilidades e declarações”

    Mathias BroteroAmérico Martinsda CNN

    em Dubai

    O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), afirmou, nesta quarta-feira (6), que a situação em Maceió, não deve ser politizada. “A responsabilização da sal-gema é clara. Eu digo antiga sal-gema, atual Braskem. É clara. Já fez uma composição de indenização a todos os moradores, indenizou a prefeitura. O que não podemos fazer agora é politizar esse tema. É trazer esse tema para uma disputa política local, para transformá-la em nacional”, disse a jornalistas.

    Lira participou de um evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizado em Dubai, em paralelo à COP28. Ao longo do dia, empresários se reúnem para debater estratégias do setor para atingir uma economia de baixo carbono.

    O presidente da Câmara criticou um fato-relevante, comunicado pelo governo estadual. “A imagem de Maceió não pode ser afetada nacionalmente, em sua característica de turismo, por irresponsabilidades e declarações. Não tem, quando você faz uma nota como feita pelo governo do estado, um fato relevante… Fato relevante existe para empresas privadas, como aberturas de bolsas de capital, quando precisam comunicar alguma coisa. Um fato relevante por poder público é uma coisa inédita no Brasil”.

    Fato-relevante

    Após a Defesa Civil ter alertado para o risco de colapso da mina, o governo do estado de Alagoas emitiu ao mercado, um fato relevante no qual faz um alerta sobre a situação da região.

    Na nota, o governo afirma que o comunicado acontece na esteira de notícias sobre da “transferência do controle acionário da Braskem e das manifestações de grupos interessados na aquisição da empresa” e diz que enxerga a o caso com “estranheza”, pelas tratativas “colocarem à margem esta administração estadual”.

    De acordo com o comunicado, o afundamento da mina, iniciado há cinco anos, “tornou Alagoas o maior credor da Braskem, em uma dívida que supera a casa de duas dezenas de bilhões de reais”, e que “considera imperativo informar aos interessados na aquisição da Braskem que o chamado ‘passivo de Alagoas’ está ainda longe de ter sua resolução positivamente encaminhada”.

    Ainda segundo a nota, “quaisquer propostas de compra terão que, obrigatoriamente, considerar a dívida da empresa em Alagoas e suas alternativas de como pretende equacioná-la, antes do fechamento do acordo de aquisição da Braskem”.

    No cálculo da dívida, o fato-relevante afirma que “ficam excluídos os valores devidos à Prefeitura de Maceió, em face de negociação em paralelo que a Braskem enceta com a municipalidade da capital”.